Com as redes sociais, diferentes grupos ganharam voz e a democracia atingiu um novo patamar. Isso ocorreu porque ferramentas como Facebook e Twitter têm funcionando como uma praça para debates de ideias e onde grupos podem ser vistos e percebidos. No entanto, elas também facilitam a disseminação de ódio e preconceito. Leia a reportagem a seguir, e depois, responda corretamente:
Só 14% dos internautas se dizem homofóbicos, mas 49% mostram preconceito na rede
Ao responder a um questionário, o internauta reflete – e reconhece que a homofobia é ruim. Nas redes sociais, ele age por impulso e se sente à vontade para discriminar
Você se considera homofóbico? Diante dessa pergunta, apenas 14% dos internautas brasileiros assumiram o preconceito ao marcar "sim". Ao mesmo tempo, uma análise de textos publicados no Facebook, no Instagram e no Twitter concluiu que 49% dos internautas que se expressaram nesses ambientes manifestaram-se de maneira homofóbica. A contradição foi constatada em parceria pela empresa de pesquisas Opinion Box (que fez a coleta de respostas com o questionário) e pela empresa de análise de dados Hekima. Ao responder ao questionário, 70% dos internautas responderam "não" – não se consideram homofóbicos. Mas 70%, também, consideram o Brasil um país homofóbico.
O questionário da Opinion Box foi respondido por 1.433 pessoas e o estudo da Hekima incluiu 53 mil textos publicados no Facebook, no Instagram e no Twitter, contendo palavras-chave como “homossexualidade”, “homossexualismo” e “homossexual”.
Os autores dos dois trabalhos concluíram que, ao responder a um questionário, o internauta reflete mais. “As perguntas levam a pessoa a pensar antes de dar opinião e a começar a entender que a homofobia é ruim”, diz Felipe Schepers, COO do Opinion Box. Nas redes sociais, as manifestações são muito mais impulsivas. “O internauta na rede social não questiona se aquilo que está escrevendo é homofóbico, se está ofendendo”, afirma. “As redes sociais representam o comportamento off-line. É a representação mais instantânea e natural, ela não te induz a se posicionar de acordo com o que é socialmente aceito”, afirma Luiz Temponi, cofundador da Hekima.
Julio Machado*, de 22 anos, conta que já se sentiu ofendido em diversas situações. Ao questionar uma amiga sobre o termo “Bambi”, por exemplo, ela retrucou: “Se você está incomodado com meus posts, pode me excluir. Isso não reduz em nada minha luta contra o preconceito”. A amiga de Julio não acreditava estar reproduzindo preconceitos. Esse tipo de comportamento foi percebido na coleta de dados nas redes sociais. Segundo Julio*, é comum que o ofensor que faz comentário preconceituoso se diga contra a homofobia e a favor da causa LGBT. “Se fossem a favor, escutariam com mais atenção o fato de eu estar incomodado com algo que fizeram”, diz. Para ele, a jornada de aprendizado é longa. “Todo mundo cresce cheio de preconceitos e a gente precisa aprender a se livrar deles”, afirma.
O Opinion Box e a Hekima analisaram um caso pontual para evidenciar a contradição. No Paraná, um professor de cursinho pré-vestibular quis promover o Dia Internacional de Combate à Homofobia, 17 de maio, usando trajes de drag queen. Mais de 90% dos comentários na internet atacaram o professor, classificando-o como “depravado” e afirmando que ele fazia "apologia ao homossexualismo" – o sufixo "ismo" é pejorativo, porque se refere à homossexualidade como doença e transtorno sexual. Bem diferente do comportamento dos entrevistados na enquete, em que 63% disseram que se sentiriam confortáveis diante da pergunta "Como você se sentiria se descobrisse que o professor do seu filho é homossexual"?
O Relatório de Violência Homofóbica de fevereiro de 2016 aponta a ocorrência de ao menos cinco casos por dia no Brasil. Nas respostas ao questionário, 69% disseram considerar a violência inadmissível, 29% a relativizaram, ao aceitar a afirmação "é preciso entender o contexto em que os crimes aconteceram", e 2% acreditam que as vítimas mereceram – o que já revela outra contradição, com o fato de apenas 14% dos entrevistados se considerarem homofóbicos.
FONTE: VARELLA, Gabriela. Só 14% dos internautas se dizem homofóbicos, mas 49% mostram preconceito. 2016. Disponível em: . Acesso em: 11 dez. 2016.
Analisando a reportagem, julgue as afirmativas a seguir e indique a sequência correta:
A partir do estudo, os pesquisadores concluíram que nas redes sociais, os usuários agem de forma impulsiva assim como agem no mundo off-line.
Segundo a pesquisa, os usuários expressam opiniões que refletem preconceito nas redes porque neste espaço não há um filtro do que é ou não é politicamente correto.
O estudo conclui que não há contradição alguma em ser contra a homofobia e compartilhar no Facebook piadinhas com termos como “bambi’ porque são apenas brincadeiras.
A sequência correta é:
Escolha uma:
a. V, F, V.
b. F, F, V.
c. V, V, F.
d. F, F, F.
e. F, V, F.
RESPOSTA CORRETA: c. V, V, F.
Soluções para a tarefa
Respondido por
42
A RESPOSTA CORRETA É : V V F
Pedro20188:
Correto
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