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Guerra de Canudos/Revolução Federalista/Revolta da Armada
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REVOLTA DA ARMADA
Revolta da Armada (Foto: Reprodução/Colégio Qi)
Embora tivesse uma população majoritariamente camponesa, a sociedade brasileira não se limitou ao espaço rural para demonstrar suas insatisfações com a recém-proclamada república. Contrários ao centralismo político que marcou as gestões de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, rebeldes se levantaram no Rio de Janeiro e em cidades do sul através das “Revoltas da Armada”. Organizadas por setores da marinha, foram severamente reprimidas pelo governo, fato que valeu a Floriano a alcunha de “Marechal de Ferro”.
Revolta da Chibata (Foto: Reprodução/Colégio Qi)
Em 1910, setores da marinha vieram novamente a se rebelar contra o governo. No entanto, dessa vez a revolta se fez a partir de marinheiros inconformados com as punições físicas que sofriam através da ação de seus superiores. A questão racial contribuiu igualmente à eclosão do movimento, já que a grande maioria dos castigados era constituída por marinheiros negros, muitos dos quais ex-escravos. Sob a liderança de João Cândido, o “Almirante Negro”, os revoltosos se confrontaram contra os militares fiéis ao governo, sendo derrotados após sangrentos embates.
REVOLTA DA VACINA
A cidade do Rio de Janeiro apresentava grande centralidade nos movimentos sociais ocorridos durante a República Oligárquica. Capital federal, foi palco de inúmeros levantes contra o governo, inclusive da polêmica “Revolta da Vacina”. Tendo ocorrido durante a gestão do prefeito Pereira Passos, o movimento se opôs à obrigatoriedade de vacinação contra a varíola imposta pelo poder público. O que se contestava, na verdade, não era apenas o autoritarismo do projeto, mas as reais intenções do governo em estabelecer tal medida.
A insatisfação da população carioca com a administração do prefeito “Bota Abaixo” também se relacionava às reformas urbanísticas então desenvolvidas na capital. Marco fundamental do projeto “Paris Tropical”, a avenida Central foi aberta após a demolição de boa parte do morro do Castelo, o que acarretou a saída compulsória de diversas famílias que ali moravam. Muitas delas passaram a residir, então, em cortiços e nas primeiras favelas formadas na cidade.
Avenida Central, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Colégio Qi)
TENENTISMO
Ao longo da década de 1920 as críticas ao governo federal ficaram ainda mais vorazes. Diversas revoltas colocavam em xeque a legitimidade das oligarquias que então estavam no poder. Opunham-se, deste modo, às estruturas arcaicas que perduravam no país, como a prática do voto de cabresto, as elevadas taxas de analfabetismo e a debilidade de nossas incipientes indústrias.
Nesse contexto, e lutando contra tais mazelas, é que serão organizadas a Semana de Arte Moderna (São Paulo) e o movimento “tenentista”. A “SAM”, além de sua grande importância em termos intelectuais e artísticos, foi vanguardista ao criticar claramente os desmandos das elites políticas brasileiras. O “Tenentismo”, idealizado por tenentes e outros jovens militares, uniu diversos setores das forças armadas contra esses mesmos poderosos. A “Revolta dos Dezoito do Forte de Copacabana” e a “Coluna Prestes” são dois exemplos de eventos mobilizados a partir das concepções tenentistas.
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