Física, perguntado por Batataks, 1 ano atrás

(Ciências)
Como é a evolução das corujas? E seus ancestrais?

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Respondido por Savio007
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Márcia Rocha

Todas elas têm a mesma aparência: cabeça e olhos grandes, bico curvo, plumagem macia que às vezes chega até os dedos dos pés, rabo curto, garras afiadas e as fêmeas são um pouco maiores que os machos. De olhar profundo e penetrante, as corujas parecem ameaçadoras e, embora inofensivas, são cercadas por lendas e superstições. Alguns acreditam que elas trazem sorte, mas geralmente estão associadas com mau agouro. Não é por acaso que todo filme de terror que se preze sempre tem uma coruja piando como se anunciasse a tragédia que, invariavelmente, está por vir. Predadoras noturnas, as corujas pertencem à ordem dos estrigiformes e são divididas em duas famílias: titonídeos e estrigídeos. Brancas, acinzentadas ou avermelhadas, as corujas não têm dimorfismo sexual das cores, ou seja, na mesma espécie tanto machos quanto fêmeas podem ter a mesma cor. O tamanho varia entre 12 e 70 centímetros, e a envergadura das asas pode chegar a quase 2 metros. Caçadoras por excelência, essas aves se valem, principalmente, da visão, da audição e da plumagem, três verdadeiros prodígios da evolução. Por serem enormes, os olhos se destacam e, ao contrário dos olhos humanos, enxergam perfeitamente num noite escura, porque têm grande capacidade de dilatar a pupila, captando a maior quantidade de luz possível.

Muitos fotógrafos se aproveitam disso e usam uma lanterna potente para localizar essas aves, que, sob o facho de luz, ficam com os olhos vermelhos e brilhantes. A estrutura do olho das corujas também é singular. Os bastonetes, células especializadas em captar a luz dos objetos, estão densamente concentrados na região central da retina — a fóvea, onde é a maior a incidência de raios luminosos. Já nos humanos, as fóveas têm somente células captoras de cor, ou seja, cones (SUPERINTERESSANTE número 1, ano 4). “A coruja-buraqueira (Speotyto cunicularia), por exemplo, muito comum no Paraguai e no Brasil, tem quatro bastonetes para cada cone nas fóveas e, na região periférica da retina, essa proporção aumenta para mais de nove bastonetes, explica Ricardo Luiz Smith, professor de Anatomia da Escola Paulista de Medicina.

Por isso mesmo, os cientistas deduziram que as corujas não enxergam cores, ou, pelo menos, não têm uma visão desenvolvida das cores. O que não é nenhuma desvantagem, já que ela é um bicho especialmente adaptado à escuridão. Por outro lado, a disposição frontal dos olhos diminui o ângulo de observação, prejudicando a visão global. Mas a natureza compensou tal limitação com uma solução no mínimo curiosa: graças à versatilidade das vértebras do pescoço, as corujas são capazes de virar a cabeça num ângulo de 270 graus e assim conseguem olhar em todas as direções. Os ouvidos, diferentemente do que se pode imaginar, nada têm a ver com os tufos de penas que mais parecem orelhas ou chifres na cabeça de algumas espécies. Na verdade, eles estão bem escondidos debaixo de finíssimas plumas que lembram uma máscara — os chamados discos faciais. Essas penas concentram os sons e os transmitem ao ouvido externo —pequenas aberturas situadas na parte lateral da cabeça

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