Chapeuzinho Vermelho de raiva
– Senta aqui mais perto, Chapeuzinho. Fica aqui mais pertinho da vovó, fica.
– Mas, vovó, que olho vermelho... E grandão... Que que houve?
– Ah, minha netinha, estes olhos estão assim de tanto olhar para você. Aliás, está queimada, hein!
– Guarujá¹, vovó. Passei o fim de semana lá. A senhora não me leve a mal, não, mas a senhora está com um nariz tão grande! Tá tão esquisito, vovó.
– Ora, Chapéu. É a poluição. Desde que começou a industrialização do bosque que é um Deus nos acuda. Fico o dia todo respirando este ar horrível. [...]
– Mas em compensação, antes eu levava mais de duas horas para vir de casa até aqui e agora, com a estrada asfaltada, em menos de quinze minutos chego aqui com minha moto.
– Pois é, minha filha. [...]– Vovó, sem querer ser chata...
– Ora, diga.
– As orelhas. A orelha da senhora está tão grande. [...] Credo, vovó!
– Ah, mas a culpada é você. São estes discos malucos que você me deu. Onde já se viu fazer música deste tipo? Um horror! [...] Não há ouvido que aguente, minha filha. Música é do meu tempo. Aquilo, sim, eu e seu [...] avô dançando valsas... Ah, esta juventude está perdida mesmo.
– Por falar em juventude, o cabelo da senhora está um “barato”, hein? Todo desfiado, pra cima, encaracolado. Que qué isso?
–Também tenho que entrar na moda, não é, minha filha? [...]
Chapeuzinho pula para trás:
– E esta boca imensa???!!!
A avó pula da cama e coloca as mãos na cintura, brava:
– Escuta aqui, queridinha: você veio aqui hoje para me criticar, é?!
*Vocabulário:
¹Guarujá: famosa cidade praiana do estado de São Paulo.
Esse texto é
um conto.
um diário.
uma entrevista.
uma reportagem.
Soluções para a tarefa
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é um conto.
Explicação:
confiaaaaaaaa
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É um conto
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Confia eu já li esse texto
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