Certa vez, um cosmonauta e um neurologista russos discutiam sobre religião. O neurologista era cristão, e o cosmonauta não. “Já estive várias vezes no espaço”, gabou-se o cosmonauta, “e nunca vi nem
Deus, nem anjos”. “E eu já operei muitos cérebros inteligentes”, respondeu o neurologista, “e também
nunca vi um pensamento”.
O mundo de Sofia, Jostein Gaardner, Cia. das Letras, 1995.
a) EXPLIQUE qual dos dois tipos de saberes estão sendo discutidos no texto?
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b) COMENTE qual limite seria comum aos dois tipos de saberes presentes no texto?
Soluções para a tarefa
Resposta:
A) saber religioso e saber espontaneo
B) acontecimentos como "milagres"
Explicação:
a) São os saberes religioso e o científico
b) Ausência de comprovações; milagres
Embora a ciência trabalhe com base em hipóteses, testes e provas, existe um limite até mesmo para esse tipo de conhecimento. Pode ser que algum dia, muito no futuro, o ser humano consiga entender como o corpo humano funciona por completo, e como todas as reações químicas existentes na Terra se relacionam. Mas esse dia ainda está distante.
Tal como dizia Sócrates, "só sei que nada sei". E esse é o conceito que guia tanto o conhecimento religioso quanto o conhecimento científico. Cada um tem suas verdades e lida com elas de sua forma, mas nas duas esferas pode-se admitir que nem todo o conhecimento é dominado pelo homem.
Há mistérios na religião, e há mistérios na ciências. Portanto, no diálogo apresentado, o neurocirurgião utiliza sua prática científica para mostrar ao astronautra que a visão não capta tudo o que existe. Afinal, se nós somos seres pensantes e o pensamento não é palpável e nem visível, como podemos querer que tudo que existe também seja palpável e visível? O milagre pode ser justamente a existência ou ocorrência de algo que não sabemos explicar - tal como tantas outras coisas no universo.
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