(CEPBJ) Leia o texto.
Agora, tudo o que ajuda a estimular a produtividade e alivia a dor e o esforço torna-se útil. Em outras palavras, o critério final de avaliação não é de forma alguma a utilidade e o uso, mas a ‘felicidade’, isto é, a quantidade de dor e prazer experimentada na produção ou no consumo das coisas.
ARENDT, H. A condição humana. Tradução de: RAPOSO, Roberto. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008. p. 322.
Com base no texto de Hannah Arendt, podemos refletir sobre algumas diferenças no que tange à ética entre os filósofos antigos e os modernos. Essas transformações estão vinculadas
Escolha uma:
a. à falta de capacidade dos filósofos modernos, os quais interpretaram erradamente o conceito aristotélico de felicidade.
b. à concepção de utilidade, pois, para os antigos, a felicidade não era útil para o bem-estar social. A partir da modernidade, os filósofos passam a perceber a importância de se ser feliz.
c. à indiferença, uma vez que os filósofos antigos eram indiferentes ao alívio da dor, ou seja, para eles suportar a dor era sinônimo de coragem. Ao contrário, os modernos percebem que a dor atrapalha a vida das pessoas, sendo assim, passam a ter uma atitude ética diferenciada em relação à humanidade.
d. ao individualismo que prepondera na sociedade moderna, a qual passa a explicar todas as coisas com base nos prazeres e nas dores dos sujeitos. Sendo assim, a felicidade não é mais entendida como uma satisfação comunitária e política. Pelo contrário, a felicidade passa a ser medida pela intensidade de prazer do sujeito que trabalha para consumir o conforto e o agrado.
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