características naturais e antrópicas rios do brasil
Soluções para a tarefa
Explicação:Nos últimos 30 anos a Baía de Antonina assoreou 6 metros e não houve qualquer interesse de autoridades
portuárias (governamental e privada) em estudar a origem deste assoreamento (BOLDRINI, et. al., 2005). A
ameaça de inviabilização das atividades portuárias, em função dos custos com dragagens de manutenção
como o caso do Porto de Antonina, torna necessária a investigação da origem do assoreamento e dos
contaminantes para desenvolver planos de ação que venham a atenuá-los e a viabilizar áreas de despejo
alternativas. Objetiva-se nesta pesquisa identificar, de modo preliminar, os aspectos físico-naturais e
antrópicos relevantes que justificam o crescente assoreamento da Baía de Antonina. A área de abrangência
inclui a referida baía, cinco bacias hidrográficas e quatro áreas incrementais que drenam da Serra do Mar,
totalizando 1.621,5 km2
. Esta área foi delimitada sobre cartas topográficas da Divisão de Serviços
Geográficos do Exército, escala 1:25.000, elaboradas em 2002, considerando-se baía canais com até 150
metros de largura. Para a caracterização físico-natural foram coletadas informações junto aos órgãos
competentes, a partir das quais confeccionaram-se produtos cartográficos. Com a intenção de diagnosticar as
condições sócio-ambientais da área em análise, elaborou-se um questionário piloto o qual foi organizado em
um banco de dados geográfico. A partir dos resultados e análises realizadas, a origem do assoreamento pode
ser considerada natural, uma vez que é um espaço geográfico de fundo de baía com diversos rios que drenam
sedimentos para o seu interior, os quais são provenientes da Serra do Mar, caracterizada por declividades
acentuadas, elevadas precipitações, presença de materiais não consolidados e solos propensos à erosão.
Porém, observa-se o aumento na quantidade de sedimentos trazido pelos rios à baía, necessitando constantes
dragagens para manutenção do canal de navegação. Sendo assim, deve-se considerar a atuação antrópica,
sobretudo, relacionada à mudança da cobertura da terra, que pode desequilibrar a dinâmica natural, reduzindo
a vazão dos cursos d’água ou ampliado a quantidade de sedimentos transportados. Salienta-se ainda, a
retirada crescente de matas ciliares em locais de alta fragilidade ambiental identificadas em determinadas
porções da área de estudo e o canal de fuga da Usina Hidrelétrica Governador Pedro V. Parigot de Souza.
Portanto, para a compreensão dos fatores contribuintes para o assoreamento sugere-se o desenvolvimento de
estudos atrelados a análise da evolução do uso e ocupação da terra em comparação com as taxas de
assoreamento, aplicação de modelagem hidrológica e elaboração de cartas de fragilidade potencial e
emergente à erosão.