características do período formativo da psicolinguistica?
Soluções para a tarefa
Origem: o termo surgiu pela primeira vez em 1951, num “seminário de verão” na Universidade de Cornell – Estados Unidos, logo seguido pela criação de uma comissão de psicólogos: C.E. Osgood, J. B. Caroll, G. A. Miller e dos lingïstas: T. E. Sebeok, F. G. Lounsbury, sugeriram, assim, um campo interdisciplinar de estudos do qual participam a Psicologia e a Linguística.
Estes estudos eram feitos originalmente pela Psicologia da Linguagem, que abordava uma questão primordial à Psicologia e à Linguística: as relações entre pensamento (comportamento) e linguagem.
Sabemos ainda que a Psicolinguística é uma disciplina relativamente nova, e seria um erro crer que se trata apenas de um termo novo para designar o que antes se chamava (e ainda se chama eventualmente) Psicologia da Linguagem.
Consequentemente, o que ocasionou o nascimento da Psicolinguística foi à colaboração interdisciplinar entre psicólogos e linguistas.
Diante do exposto, mostraremos a seguir os períodos que contribuíram para a formação de tão distinto ramo do conhecimento científico: a Psicolinguística, são eles:
1- Período formativo: Concomitantemente com o aparecimento da Teoria da informação, após a segunda guerra, surge também um quadro epistemológico mais consistente para os estudos psicolinguísticos. Dois teóricos se sobressaíram nesse período: Shanon & Weaver (1949), os quais definiram uma unidade de comunicação formada por: fonte: transmissor/codificador, canal, receptor/decodificador e destinação. Esse modelo, predominantemente, mecanicista (regido pelas leis da física – cinemática, estudo dos movimentos, estática, estuda o equilíbrio dos corpos e dinâmica, a força que produz os movimentos) foi amplamente utilizado pela pesquisa da década de 1950, com fortes acentos comportamentalistas.
Assim sendo, Osgood & Sebeok (1954) definem a Psicolinguística como o estudo dos processos de codificação e decodificação no ato da comunicação na medida em que ligam ou relacionam estados das mensagens e estados dos comunicadores.
Assim, após esses dois seminários feitos sobre esta disciplina, um já mencionado anteriormente e, o outro realizado em 1953, na Universidade de Indiana, sob a direção do antropolinguista Sebeok e do psicólogo Osgood, depois do lançamento dos anais deste segundo seminário, em 1954, com o título de “Psycholingustics: a survey of theory and research problems” – cuja tradução seria “Psicolinguística: estudo da teoria e dos problemas de pesquisa” – funda-se, oficialmente, a Psicolinguística.
2- Período Linguístico: A Psicolinguística herda de Chomsky, em 1957, o modelo gerativo, propondo, assim, uma abordagem racionalista e dedutiva para esta ciência, contrapondo-se, desse modo, com as teorias de Skinner, criticando-o pelo caráter predominantemente operacionalista (concepção da psicologia como operações comportamentalistas, desprezando-se, desta forma, os aspectos exteriores à consciência) de suas teorias.
3- O período cognitivo: nesse período as teorias linguísticas não perderam sua importância, mas, perderam o caráter exclusivista do período anterior, por isso, os “cognitivistas” postuvalavam que a linguagem humana estaria subordinada a fatores cognitivos mais fundamentais, dos quais ela (a linguagem) seria apenas mais um fator.
Vale lembrar que até Chomsky (1971) também enfatizava o aspecto cognitivo humano presente na Linguística, afirmando que os linguistas eram de fato psicólogos cognitivos.
Do exposto, tratarei, a seguir, do estado atual da Psicolinguística.
Este estado denominado por Kess apud BENTES e MUSSALIM (2003), de período da teoria psicolinguística, realidade psicológica e ciência cognitiva, esta disciplina se apresenta em estado de transição, com pesquisas oriundas de várias escolas teóricas, sendo também o caso da Psicologia e da Linguística. Outra característica importante deste período é o grande número de trabalhos interdisciplinares, atestando, assim, que problemas científicos de um campo afetam sobremaneira vários campos correlacionados.
Além disso, é indispensável enfatizar que a realidade psicológica, deste período, readquire função apriorística na teoria psicolinguística.
Por conseguinte, conforme, percebemos, a Psicolinguística desempenha, assim, um papel fundamental para o estudo da linguagem humana.
Resposta:
Período formativo; Período linguístico; Período cognitivo.
Explicação: