Canção do dia de sempre Tão bom viver dia a dia... A vida, assim, jamais cansa... Viver tão só de momentos Como essas nuvens do céu... E só ganhar, toda a vida, Inexperiência... esperança... E a rosa louca dos ventos Presa à copa do chapéu. Nunca dês um nome a um rio: sempre é outro rio a passar. Nada jamais continua Tudo vai recomeçar! E sem nenhuma lembrança Das outras vezes perdidas, Atiro a rosa do sonho Nas tuas mãos distraídas Acesso em: 5 fev. 2015. Textos não artísticos diferem daqueles que pertencem ao campo das artes, entre outras razões, pelo estranhamento que estes provocam, com imagens e metáforas que lhes conferem expressividade, tornando-os únicos, ainda que eventualmente dialoguem com outras manifestações textuais. Na "Canção do dia de sempre", o eu lírico, retomando temática recorrente no processo literário brasileiro, a) reafirma um posicionamento de desalento diante da rotina dos dias que se sucedem. b) glorifica a finitude das coisas e a inexorabilidade do passar do tempo. c) convida-nos à reflexão sobre o permanente reiniciar que caracteriza a vida. d) estabelece a impossibilidade de ações que contrariem o automatismo do cotidiano. e) fala de um recomeço inalcançável, pela desesperança que caracteriza o ser humano.
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Na "Canção do dia de sempre", o eu lírico, retomando temática recorrente no processo literário brasileiro c) convida-nos à reflexão sobre o permanente reiniciar que caracteriza a vida.
De acordo com o autor, a vida e um eterno recomeco, indicado no trecho: “sempre é outro rio a passar. Nada jamais continua Tudo vai recomeçar! E sem nenhuma lembrança Das outras vezes perdidas, Atiro a rosa do sonho Nas tuas mãos distraídas”
O autor quer dizer que a vida e efemera, feita de momentos e que nem adianta nos apegarmos a um momento pois o tempo passa e tudo se ja modificou, estamos em outro momento diferente.
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