CAMINHO
Tenho sonhos cruéis; n’ alma doente
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...
Saudades desta dor que em vão procuro
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o coração dum véu escuro!...
Sem ela o coração é quase nada:
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora.
Porque a dor, esta falta d’ harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia
As almas doidamente, o céu d’agora.
115) Os movimentos poéticos parnasiano e simbolista diferem em diversos aspectos. Porém, a partir do texto acima,
percebemos que ambos apresentam semelhança quando:
a) Exaltam o caráter subjetivo da poesia.
b) Apresentam uma predileção pela forma do soneto.
c) Expressam o pessimismo e a dor do poeta pela existência.
d) Retomam elementos da tradição romântica.
e) Privilegiam o misticismo e a religiosidade.
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a) Exaltam o caráter subjetivo da poesia. Ambas tratam o texto com falta de objetivo, deixando palavras vagas.
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