c. O que é um diálogo?
Soluções para a tarefa
Resposta:
fala em que há a interação entre dois ou mais indivíduos; colóquio, conversa.
Explicação:
Resposta:
O diálogo é uma conversa durante a qual os interlocutores, interagindo um com o outro (dialogein[1] em grego), trocam argumentos com vistas a chegar a um acordo fundamentado.
O acordo é a condição e ao mesmo tempo o fim do diálogo. Condição, porque só existe o diálogo se os interlocutores renunciarem à violência, e se submeterem a exigência da verdade.
É a verdade que o diálogo nem sempre chegue a uma conclusão, pelo menos visa a uma progressão a dois. A busca conjunta da verdade pressupõe e reforça uma comunidade fundada sobre a linguagem compartilhada. O diálogo se define pela circulação da palavra (daí: dia – logos).
Platão escreveu sua obra quase inteiramente sobre a forma de diálogos que colocaram em cena Sócrates junto com os mais diversos interlocutores, entre estes, seus discípulos.
O diálogo platônico não se traduz em ser mero artifício literário. Platão estabeleceu um elo essencial entre os filósofos e o dialogar.
A filosofia não é uma doutrina passível de ser objeto de uma exposição convencional. Esta é um diálogo vivo entre dois interlocutores movidos pelo desejo de saber para transmitir, e que decidem juntos, procurar a verdade.
O diálogo de Platão[2] perfaz a progressão a dois, através de perguntas e respostas em direção à verdade. Durante o diálogo, Sócrates questiona o seu interlocutor, principalmente porque suas definições são insuficientes ou incompatíveis com outras que parecem mais certas, ele leva à busca de uma definição verdadeira, aquela que nos revelará a própria essência da coisa que é objeto de exame.
O diálogo[3] não é qualquer conversa que seja espontânea e sem regras. Sua progressão obedece a regras que dois interlocutores se comprometem a respeitar, já que estas são as condições de possibilidade do diálogo.
Não há dúvida que exige não apenas que se responda àquilo que é verdadeiro, mas também que se baseie a resposta, naquilo que aquele que é interrogado reconhece como verdadeiro.