Busque informações entrevistando sua família ou amigos mais próximos com a tecnologia possível de ser usada. Por exemplo, o telefone celular se tiver acesso. Avalie como a pandemia afetou a vida das pessoas de sua família ou comunidade. Avalie, também, o que o poder público (governo municipal, estadual e o governo federal) tem feito para auxiliar a comunidade nesse momento difícil. Anote as respostas e leve para discussão no “Tempo Escola”.
Soluções para a tarefa
No início de março, a vida dos brasileiros e brasileiras mudou radicalmente. As notícias de um vírus de rápida propagação e alta letalidade, que parou a Europa, começaram a se tornar realidade no nosso país também. O distanciamento social foi recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como forma de conter a disseminação do covid 19. Os governos estaduais estabeleceram decretos para regulamentar o funcionamento dos serviços essenciais.
Os números de contaminados foram aumentando exponencialmente e passaram a ter rosto, nome, história. Nenhum pesquisador vai passar imune por um período de tanta dramaticidade e que vai requerer muitas avaliações e estudos. Nesse sentido, entre as várias iniciativas surgidas na Ufal, em todas as áreas de conhecimento, destacamos agora o compromisso dos historiadores em registrar e refletir sobre esses acontecimentos.
O projeto Vozes da Pandemia é uma ação dos cursos de graduação e pós-Graduação em História da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), realizado pelo Centro de Pesquisa e Documentação Histórica (CPDHis). “Temos a pretensão de documentar e produzir fontes para pesquisas futuras sobre a pandemia da covid-19 e seus impactos em diversos setores da sociedade alagoana”, explica o professor Anderson Almeida, do curso de História.
Segundo Anderson, o projeto surgiu a partir de conversas de professores e professoras, em articulação com os grupos de Pesquisa e com o apoio do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Arte (ICHCA). São pesquisadores que buscaram formas alternativas de continuarem os trabalhos coletivos que fazem parte da rotina da vida acadêmica. “A esperança das pessoas que se envolveram no projeto também é romper com esse angustiante isolamento e distanciamento social”, revela o professor.
O grupo espera coletar relatos que contribuam no sentido mapear vários dados que envolvem: renda familiar, gênero, raça/etnia, pertença religiosa, profissão e moradia. “As perguntas principais são bem abertas para o que o autor ou autora do relato expresse de maneira livre sua experiência. A questão geradora é "Como a Pandemia da Covid-19 afetou sua vida e de sua família?", orienta o pesquisador.
Anderson explica também que, como característica de um Projeto de Extensão, inicialmente está voltado para estudantes, professores, técnicos, gestores e terceirizados da Ufal, inclusive aqueles que atuam no Hospital Universitário Professor Alberto Nunes (HU). “Mas ampliamos para os professores da educação básica da cidade de Maceió, movimentos sociais e sindicatos. Há, ainda, uma parceria com o Arquivo da Cúria Metropolitana, de Maceió (ACMM), através de professora Irinéia Santos, visando agregar ao projeto cidadãos e cidadãs de diversas comunidades e pertenças religiosas de Alagoas”, relata o professor.