Bote a sua casaca de veludo,
E seja capitão sequer dois dias,
Converse à porta de Domingos Dias,
Que pega fidalguia mais que tudo,
Seja um magano, um pícaro, abelhudo,
Vá a palácio, e após das cortesias
Perca quanto ganhar nas mercancias,
E em que perca o alheio, esteja mudo.
Sempre se ande na caça e montaria,
Dê nova solução, novo epíteto,
E diga-o, sem propósito, à porfia;
Que em dizendo: "facção, pretexto, efeito"
Será no entendimento da Bahia
Mui fidalgo, mui rico e mui discreto.
Classifique as figuras de linguagem de cada estrofe do poema
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As figuras de linguagem são:
1ª estrofe: ironia ("Que pega fidalguia mais que tudo")
> É irônica dizer que alguém pode "pegar fidalguia", como se fosse um estado momentâneo do ser. Ser fidalgo é um título de nobreza de caráter hereditário.
2ª estrofe: antítese ("Perca quanto ganhar")
> Palavras com sentidos opostos.
3ª estrofe: metáfora ("E diga-o, sem propósito, à porfia")
> "Porfia" tem sentido figurado de capricho, vontade sem justificativa.
4ª estrofe: metonímia ("Será no entendimento da Bahia")
> Substituição das pessoas pelo lugar, pois quem irá entender são os baianos, não o Estado.
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