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Quais foram os impactos sociais, políticos, econômicos e culturais do Cólera.
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Resposta:
A sétima pandemia de cólera iniciada em 1961, quando o Vibrio cholerae, biotipo El Tor, ultrapassou os limites de uma área endêmica em Célebes, Indonésia foi introduzida na América Latina através do litoral peruano. Atingiu posteriormente outros países sul-americanos, inclusive o Brasil, onde os primeiros casos foram detectados em abril de 1991, no Estado do Amazonas, de onde se alastrou progressivamente pela região Norte. No final de 1991, atingiu o município de São Luiz do Maranhão e no final de 1992 todos os Estados do Nordeste já haviam sido atingidos. Em 1993 e 1994 foram registrados casos em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.5,12
Estudos tornam evidentes a complexidade do processo de determinação da cólera e a importância dos determinantes sociais e do ambiente natural ou modificado na regulação da intensidade da produção e difusão da epidemia.6,14 Condições ambientais precárias, abastecimento de água insuficiente e sistemas de esgoto inadequados são freqüentemente citados como os maiores obstáculos para o controle do desenvolvimento de surtos e epidemias por cólera. A evolução geográfica e a instalação da epidemia em determinados locais mostram que a mesma segue o curso da pobreza e da ausência de saneamento básico. Torna-se evidente que é impossível evitar a entrada do V. cholerae em qualquer comunidade, mas que ele não consegue se disseminar e provocar surtos e epidemias em locais com boa infra-estrutura em termos de saneamento básico, particularmente no que tange ao fornecimento de água potável de qualidade e em quantidades adequadas.8,16,17 Os poucos estudos sobre a epidemia nas Américas têm-se restringido a analisar questões pontuais no processo de gênese da epidemia, tais como as análises de fatores de risco ou a descrição de surtos ocorridos. Desconsideram, no entanto, as características dos indivíduos acometidos e a descrição dos ambientes de transmissão, sem uma preocupação maior com a problemática em toda a sua complexidade.2,9,10
A epidemiologia permite reconhecer que a distribuição e a importância dos fatores que operam no aumento de um determinado risco não são necessariamente os mesmos em todos os grupos da população. O reconhecimento desses grupos supõe, por sua vez, a seleção de intervenções sociais e sanitárias apropriadas, para diminuir ou eliminar os fatores específicos de risco.13
O presente estudo tem por objetivo avaliar o peso de fatores relativos às condições de vida da população, relacionando questões ambientais referentes a saneamento básico, renda e escolaridade com a instalação e o impacto da cólera.