Português, perguntado por vitoriacamilla1, 9 meses atrás

Becos de Goiás


Becos da minha terra...
Amo tua paisagem triste, ausente e suja.
Teu ar sombrio. Tua velha umidade andrajosa.
Teu lodo negro, esverdeado, escorregadio.
E a réstia de sol que ao meio-dia desce fugidia,
e semeias polmes dourados no teu lixo pobre,
calçando de ouro a sandália velha, jogada no monturo.
Amo a prantina silenciosa do teu fio de água,
Descendo de quintais escusos sem pressa,
e se sumindo depressa na brecha de um velho cano.
Amo a avenca delicada que renasce
Na frincha de teus muros empenados,
e a plantinha desvalida de caule mole
que se defende, viceja e floresce
no agasalho de tua sombra úmida e calada

(P100965I7) Infere-se desse texto que
A)o eu lírico descreve com carinho um retrato real de sua terra natal.
B)o eu lírico deseja revitalizar as paisagens de sua terra natal.
C)o eu lírico quer se mudar de sua cidade natal para uma região maior.
D)o eu lírico queria plantar árvores para desfrutar de suas sombras.
E)o eu lírico tinha medo de cair nas regiões com lodo escorregadio.

Soluções para a tarefa

Respondido por polianafferreira
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O gabarito para essa questão é a LETRA A: o eu lírico descreve com carinho um retrato real de sua terra natal.

Note que o eu lírico fala, no texto, de sua terra natal (Góias).

A terra natal pode ser identificada no título.

Ele deixa claro seu amor pela terra onde nasceu, mencionando várias coisas que lhe agradam na mesma.

Veja alguns versos que comprovam isso:

"Amo tua paisagem triste, ausente e suja."

"Amo a prantina silenciosa do teu fio de água,"

"Amo a avenca delicada que renasce"

Espero ter ajudado!

Respondido por larissamagrani
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O poema escrito por Cora Coralina enfatiza a memória do eu-lírico em seu Estado natal (A).

Expressões como: "Amo tua paisagem triste, ausente e suja. Teu ar sombrio. Tua velha umidade andrajosa" e "Amo a prantina silenciosa do teu fio de água..." marcam a memória da poetisa em relembrar do seu local de origem.

Cora Coralina é o pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nascida no final do século XIX.

Cora fora uma autora simples e do interior. Suas obras literárias beiravam ao singular e era alheia à literatura famosa das grandes cidades. Num cenário rural, escrevia sobre a sua vida em Goiás.

A poetisa escrevia com uma linguagem simples e de fácil entendimento e utilizava do folclore brasileiro para compor suas obras.

Algumas frases da autora: "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina" e "O saber se aprende com os mestres. A sabedoria, só com o corriqueiro da vida".

Saiba mais em: brainly.com.br/tarefa/27801206

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