bebidas tipicas da regiao norte folclore
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Afurá
Bebida fermentada, provavelmente usada pelo africano, nos cerimoniais ritualísticos, e que continuou a prepará-la no cativeiro, irradiando-a da Bahia, é feita com bolos de arroz, moído em pedra; no Pará é empregada farinha de arroz e o próprio cereal, que são cozidos com um pouco de açúcar, ficando de infusão em potes de barro. A idéia de que essa bebida tem função ritual estaria em ser tomada pelos “filhos” e “filhas” de santo, “mães de terreiro” e até por assistentes, distribuídas em cuias, nas festas e danças dos candomblés, reverenciadoras dos Orixás.
Bacaba
É provável ainda não haver registro dessa bebida, usada no médio Tocantins, municípios de Abaeté, Igarapé Miri, Cametá, em reuniões familiares e encontros amistosos.
No seu preparo, de origem não esclarecida, observa-se este processo: uma cuia pitinga (não pintada) é levada e secada no calor do fogo, e nela são batidas claras de ovos com açúcar, juntando-se as gemas, até ficar bem batidas; em seguida, aos poucos, vai-se derramando aguardente (cachaça especial), continuando a bater a gemada, agora com precisão, do contrário fica coalhada; verifica-se se a bacaba está em condições, tamborilando no fundo da cuia, que deve produzir um som oco, fofo, como dizem os abaeteuaras; para perder o cheiro de ovo, bota-se algumas cascas de limão e polvilho de canela.
O modo de bebê-la tem reminiscências indígenas, pois a cuia cheia corre de boca em boca entre os convivas. O seu poder alcoólico é evidente, porém fortificante, animador do sangue e do sistema nervoso, segundo declaram quantos apreciam a bacaba tocantina.
Guariba
Supõe-se também não constar registro dessa bebida, de preparo indígena, ou seja, dos silvícolas do rio Caeté, no Pará.
O elemento vegetal usado é a mandiocaba (espécie de mandioca doce), cultivada pelos roceiros. Raspada a casca do tubérculo, a massa formada, tão doce quanto o açúcar, é comprimida em beijus, envolvidos em folhas de sororoca da várzea e postos no forno de barro, para assar. Feita esta operação, levam-se os beijus para o interior da mata, onde foi levantado um jirau, de meio metro de altura, com estrado de varas coberto de folhas de sororoca; aí colocam-se os beijus, novamente cobertos de folhas, pondo por cima outras varinhas.
Decorridos 10 a 15 dias, para a fermentação, os beijus começam a pingar, dizendo os nativos que a “guariba está mijando”; isto notado, os beijus estão em condições de serem retirados do jirau, e a porção de massa formada é posta em alguidares, com água suficiente para ir-se dissolvendo e ser coada, já adoçado todo o líquido pela mandiocaba.
Pronta como está pode servir-se em copos, cuias, tigelas, como fazem nas festas de santos e diversões familiares.
Existe uma superstição relacionada com essa bebida guariba: a pessoa incumbida, desde o ralamento, até os bijus “mijarem”, fica privada (homem ou mulher) de comer molhos picantes e sal; também terá de se abster de relações corporais, mesmo sendo esposa e marido. Infringidas que sejam estas regras, que os índios respeitavam, fica a guariba azeda, aguada. O nome da bebida está ligado à observação de que o macaco guariba “está mijando de vez em quando”, o que sucede com os beijus da mandiocaba, quando fermenta.
Tarubá
Diz-se ter procedência indígena esta bebida, feita de mandioca descascada e ralada, formando beijus, que vão ao forno de torrar farinha, para cozimento.
Enrolados em folhas de sororoca molhadas ficam depositados em lugar apropriado, em caixotes ou alguidares; levam aí três ou quatro dias para fermentar, botando-se depois os beijus em água limpa, para amolecerem, ou “incharem”; assim feito, é coada a quantidade de líquido suficiente e açucarada ou não.
Ficando pronta a bebida, serve-se em vasilhas comuns, que nas festas, reuniões amigáveis, putiruns e bailes. Havendo cuidado na sua conservação, sem deixar descoberto o vasilhame onde está depositado.
O tarubá tem duração por muitos dias, aumentando a fermentação.
Tiborna
A constante da manipulação indígena está viva nesta bebida, proveniente da mandioca descascada e ralada.
Retirado o sumo (tucupi), põe-se para ferver a massa, em boa quantidade de água, até o cozimento ficar no “ponto”; molha-se, em seguida, um pouco de farinha-d’água, deixando “tufar”, para desmanchar a massa, que toma consistência de uma papa grossa. Água-se então, mexendo até ficar tudo dissolvido, uniforme, despejando-se em panelões ou potes de barro, cobrindo-se a boca, para um “resguardo” de três ou quatro dias.
Findo este período, o líquido fica com um paladar meio azedo, é coado em peneira, estando assim, pronta a tiborna. Serve-se às visitas, aos convidados para as festas, nos trabalhos coletivos (putirum) e nas danças.
Para quem não gosta muito do azedume, pode ser açucarada, diminuindo a embriaguez que ocasiona, se estiver azeda demais.
Bebida fermentada, provavelmente usada pelo africano, nos cerimoniais ritualísticos, e que continuou a prepará-la no cativeiro, irradiando-a da Bahia, é feita com bolos de arroz, moído em pedra; no Pará é empregada farinha de arroz e o próprio cereal, que são cozidos com um pouco de açúcar, ficando de infusão em potes de barro. A idéia de que essa bebida tem função ritual estaria em ser tomada pelos “filhos” e “filhas” de santo, “mães de terreiro” e até por assistentes, distribuídas em cuias, nas festas e danças dos candomblés, reverenciadoras dos Orixás.
Bacaba
É provável ainda não haver registro dessa bebida, usada no médio Tocantins, municípios de Abaeté, Igarapé Miri, Cametá, em reuniões familiares e encontros amistosos.
No seu preparo, de origem não esclarecida, observa-se este processo: uma cuia pitinga (não pintada) é levada e secada no calor do fogo, e nela são batidas claras de ovos com açúcar, juntando-se as gemas, até ficar bem batidas; em seguida, aos poucos, vai-se derramando aguardente (cachaça especial), continuando a bater a gemada, agora com precisão, do contrário fica coalhada; verifica-se se a bacaba está em condições, tamborilando no fundo da cuia, que deve produzir um som oco, fofo, como dizem os abaeteuaras; para perder o cheiro de ovo, bota-se algumas cascas de limão e polvilho de canela.
O modo de bebê-la tem reminiscências indígenas, pois a cuia cheia corre de boca em boca entre os convivas. O seu poder alcoólico é evidente, porém fortificante, animador do sangue e do sistema nervoso, segundo declaram quantos apreciam a bacaba tocantina.
Guariba
Supõe-se também não constar registro dessa bebida, de preparo indígena, ou seja, dos silvícolas do rio Caeté, no Pará.
O elemento vegetal usado é a mandiocaba (espécie de mandioca doce), cultivada pelos roceiros. Raspada a casca do tubérculo, a massa formada, tão doce quanto o açúcar, é comprimida em beijus, envolvidos em folhas de sororoca da várzea e postos no forno de barro, para assar. Feita esta operação, levam-se os beijus para o interior da mata, onde foi levantado um jirau, de meio metro de altura, com estrado de varas coberto de folhas de sororoca; aí colocam-se os beijus, novamente cobertos de folhas, pondo por cima outras varinhas.
Decorridos 10 a 15 dias, para a fermentação, os beijus começam a pingar, dizendo os nativos que a “guariba está mijando”; isto notado, os beijus estão em condições de serem retirados do jirau, e a porção de massa formada é posta em alguidares, com água suficiente para ir-se dissolvendo e ser coada, já adoçado todo o líquido pela mandiocaba.
Pronta como está pode servir-se em copos, cuias, tigelas, como fazem nas festas de santos e diversões familiares.
Existe uma superstição relacionada com essa bebida guariba: a pessoa incumbida, desde o ralamento, até os bijus “mijarem”, fica privada (homem ou mulher) de comer molhos picantes e sal; também terá de se abster de relações corporais, mesmo sendo esposa e marido. Infringidas que sejam estas regras, que os índios respeitavam, fica a guariba azeda, aguada. O nome da bebida está ligado à observação de que o macaco guariba “está mijando de vez em quando”, o que sucede com os beijus da mandiocaba, quando fermenta.
Tarubá
Diz-se ter procedência indígena esta bebida, feita de mandioca descascada e ralada, formando beijus, que vão ao forno de torrar farinha, para cozimento.
Enrolados em folhas de sororoca molhadas ficam depositados em lugar apropriado, em caixotes ou alguidares; levam aí três ou quatro dias para fermentar, botando-se depois os beijus em água limpa, para amolecerem, ou “incharem”; assim feito, é coada a quantidade de líquido suficiente e açucarada ou não.
Ficando pronta a bebida, serve-se em vasilhas comuns, que nas festas, reuniões amigáveis, putiruns e bailes. Havendo cuidado na sua conservação, sem deixar descoberto o vasilhame onde está depositado.
O tarubá tem duração por muitos dias, aumentando a fermentação.
Tiborna
A constante da manipulação indígena está viva nesta bebida, proveniente da mandioca descascada e ralada.
Retirado o sumo (tucupi), põe-se para ferver a massa, em boa quantidade de água, até o cozimento ficar no “ponto”; molha-se, em seguida, um pouco de farinha-d’água, deixando “tufar”, para desmanchar a massa, que toma consistência de uma papa grossa. Água-se então, mexendo até ficar tudo dissolvido, uniforme, despejando-se em panelões ou potes de barro, cobrindo-se a boca, para um “resguardo” de três ou quatro dias.
Findo este período, o líquido fica com um paladar meio azedo, é coado em peneira, estando assim, pronta a tiborna. Serve-se às visitas, aos convidados para as festas, nos trabalhos coletivos (putirum) e nas danças.
Para quem não gosta muito do azedume, pode ser açucarada, diminuindo a embriaguez que ocasiona, se estiver azeda demais.
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