Bastos e Deslandes (2004, p. 01) mencionam que “[...] a maioria dos indivíduos com deficiência mental chega à puberdade, com a consequente maturação sexual, como os demais adolescentes sem deficiência”, ou seja, a sexualidade pode sim se desenvolver e se apresentar mesmo em pessoas com DI, afinal, o fato de possuírem deficiência intelectual por si só não faz com que o desenvolvimento da sexualidade deixe de ocorrer nesses indivíduos. Entretanto, alguns pais e familiares, ao se depararem com os indícios que seus filhos estão desenvolvendo aspectos ligados à sexualidade, sentem-se assustados, e não encontram meios de como lidar com esse fato. Assim, é comum que pais de deficientes intelectuais passem a negar que seus filhos estejam demostrando interesses de caráter sexual, declinando quando o tema é abordado, imaginando assim que estão os preservando.
PROPOSTA DA ATIVIDADE:
Escreva um texto de no mínimo 20 linhas e comente sua opinião sobre o fenômeno abordado acima, diante a negação da sexualidade do deficiente intelectual pelos pais.
Soluções para a tarefa
A grande parte dos indivíduos que apresentam alguma deficiência mental alcança o período da puberdade com a maturação sexual semelhante aos adolescentes que não possuem deficiência. Para Bastos e Deslandes, a sexualidade pode ser desenvolvida e apresentada mesmo em indivíduos com deficiência intelectual.
Muitos pais ou responsáveis ficam assustados com as manifestações de seus filhos nessa fase e não sabem lidar adequadamente com a mesma. De forma a ser recomendada a orientação médica e psíquica.
Bons estudos!
Resposta:
Pelo senso comum, adolescentes com deficiência intelectual têm a sexualidade exacerbada ou são assexuados e podemos observar os preconceitos e o desconhecimento sobre o tema, bem como a reprodução da ideologia de gênero da nossa sociedade, onde os pais enfrentam problemas distintos, os pais do deficiente intelectual masculino destacam o tabu da masturbação, a relação sexual e o medo de abuso sexual, enquanto nas dos pais das adolescentes destaca-se o tema das mudanças corporais e também o receio de que fossem abusadas sexualmente. A inadequação entre desenvolvimento físico e um comportamento sexual considerado socialmente impróprio também e realidades para algumas famílias, por isso a importância de debater com os adolescentes, seus pais e diversos setores da sociedade para minimizar os preconceitos em relação à sexualidade das pessoas com deficiência intelectual, propiciando a garantia de seus direitos sexuais.
A sexualidade das pessoas com deficiência intelectual passa pelo debate de seus direitos, mas devido aos preconceitos relacionados ao tema, se tem poucas oportunidades de discussão e reflexão, entre outros fatores, estão envolvidos com a dificuldade dos pais de proteger seus filhos do abuso sexual e da exploração, e, ao mesmo tempo, proporcionar que eles se tornem mais independentes e tenham mais autonomia, desenvolvendo o controle de suas manifestações sexuais, assim os pais recebem pouca ou nenhuma orientação de como lidar com os aspectos da sexualidade de seus filhos. Muitas vezes, o adolescente com deficiência intelectual tem maior dificuldade de entender a censura e os limites impostos pela sociedade, no que tange a essa questão.
Não se trata de discutir o que é certo ou errado, e sim de afirmar que a sexualidade faz parte da vida de todos. Por isso devemos buscar espaços para discutir com os adolescentes e sua família aspectos relacionados ao seu desenvolvimento, orientando em outras questões da sexualidade, estimulando a reflexão sobre atitudes de super proteção, que muitas vezes se mantém e de forma exagerada, que em nada favorece a vivência sexual com autonomia e privacidade.
Explicação: