B) Para o eu lírico, qual é o pagamento justo pela felicidade de poder contemplá-la?
Soluções para a tarefa
Olá,
Pelo que vi, trata-se do soneto "Quanto mais vos pago, mais vos devo", de Luiz Vaz de Camões, segue na íntegra:
Quanto Mais vos pago, Mais vos Devo
Quem vê, Senhora, claro e manifesto
O lindo ser de vossos olhos belos,
Se não perder a vista só com vê-los,
Já não paga o que deve a vosso gesto.
Este me parecia preço honesto;
Mas eu, por de vantagem merecê-los,
Dei mais a vida e alma por querê-los;
Donde já me não fica mais de resto.
Assim que Alma, que vida, que esperança,
E que quanto for meu, é tudo vosso:
Mas de tudo o interesse eu só o levo.
Porque é tamanha bem-aventurança
O dar-vos quanto tenho, e quanto posso,
Que quanto mais vos pago, mais vos devo.
O autor demonstra na primeira estrofe que a beleza da amada era de de se perder o olhar, e este parar e olhá-la era o preço justo, mas ainda assim não era o suficiente, então deu a alma e o interesse, e ainda assim, devia.