Ed. Física, perguntado por Tutublack233br, 5 meses atrás

Autismo e atividade física

Na intervenção comportamental com crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) não pode faltar o treino de habilidades motoras amplas e a inserção em, pelo menos, um esporte (futebol, natação, judô etc.). Além de desenvolver habilidades importantes para o desenvolvimento motor da criança, os esportes estimulam a interação social, que é uma das áreas afetadas no TEA. Para algumas crianças, o esporte também é fundamental para auxiliar no controle de peso e no condicionamento físico.

A atividade física funciona como uma operação abolidora para as estereotipias, isto é, o exercício representa uma situação antecedente que diminui o efeito reforçador de um estímulo e, com isso, diminui a probabilidade da resposta. No caso das estereotipias, as operações abolidoras atuam diretamente sobre o indivíduo, promovendo mudanças no estado corpóreo. Há uma redução da sensibilidade aos efeitos reforçadores (reforçamento automático: sensações físicas prazerosas) que usualmente são obtidos com a estereotipia.

Isto significa que, como a atividade física produz sensações físicas prazerosas semelhantes àquelas produzidas pelas estereotipias, as atividades físicas reduzem o valor reforçador, já que a criança se sacia dessa necessidade.

Disponível em: comportese.com. Acesso em: 3 mar. 2019 (adaptado).

Segundo o texto, a atividade física proporciona aos autistas um ganho único, que está diretamente relacionado

a) à redução de peso corporal e a um melhor condicionamento físico.
b) às possibilidades de inserção social e ao senso de pertencimento a um grupo.
c) às sensações físicas inibidoras vivenciadas mediante as práticas esportivas.
d) ao desaparecimento completo das estereotipias de pessoas com TEA.
e) ao desenvolvimento das habilidades motoras individuais.

Soluções para a tarefa

Respondido por luthier775
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Dentre as opções, a que relaciona mais adequadamente autismo e atividade física é B) às possibilidades de inserção social e ao senso de pertencimento a um grupo.

Para entender melhor essa questão é importante entender sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e os efeitos da atividade física nesta doença.

Transtorno do Espectro Autista (TEA) e atividade física

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma patologia associada à uma falha no desenvolvimento neural, onde o indivíduo possui sintomas de desenvolvimento anormal, dificuldades na comunicação e na interação social, além de estereotipias.

Estereotipias são movimentos repetitivos que o paciente autista realiza, como se movimentar para frente e para trás sem motivos aparentes. Sabe-se que paciente autista desenvolve esse tipo de ação quando é submetido à estímulos externos, e a estereotipia é uma forma de organização o interior do indivíduo.

Assim, a atividade física possui como principal função a melhor interação social desses indivíduos, pois ela proporciona uma desinibição do ponto de vista neural e microscópico, com a liberação de neurotransmissores que auxiliam no processo de interação. Com isso, o autista consegue se comunicar e possivelmente pertencer a um grupo.

Além disso, o exercício físico permite uma redução das estereotipias, pois há um bloqueio neural dessas ações quando o exercício é realizado. Assim, há uma redução desse tipo de ação, mas não a sua erradicação, visto que é algo permanente no TEA.

Diante disso, a alternativa que melhor se adequa aos efeitos do exercício físico no TEA é a letra B.

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