Atividade Dissertativa Estimado estudante, Ao longo da disciplina de Língua Portuguesa, observamos que “conceber a língua como heterogênea, social, histórica, cognitiva, indeterminada, variável, interativa e situada (Marcuschi, 2008) é determinar que estamos abordando a língua em uso, em uma situação comunicativa específica, em diferentes contextos”. Ou seja, devemos sempre levar em conta o contexto para melhor adequar a língua a uma determinada situação comunicativa. Vimos também que a escrita é uma atividade humana que tem como base a interação, pois sempre escrevemos para alguém, nem que seja para nós mesmos. Por isso, revisar o texto quantas vezes seja necessário é um procedimento essencial à escrita, como afirmam Koch e Elias (2011), “para ajustar o texto à intenção do produtor e à compreensão do leitor”. Para que um texto escrito seja mais bem compreendido pelo seu interlocutor, este deve apresentar uma estrutura clara e organizada. Não há uma regra fixa e única para a divisão do texto em parágrafos. Mas vimos algumas estratégias que permitem ao produtor do texto organizá-lo melhor para orientar a compreensão do leitor. Dois elementos fundamentais que contribuem na organização e construção de sentidos de um texto são os mecanismos de coesão e coerência, como estudamos na unidade 4. O último ponto que aprendemos na disciplina é que um texto, para ser bem compreendido, deve estar de acordo com as principais características do gênero a que o texto está inserido, seja no que diz respeito a adequação do uso da língua, seja na temática ou na organização dos parágrafos. Tendo todo esse nosso percurso em mente, produza um texto-resposta no gênero carta formal para a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de sua cidade denunciando a deterioração e a falta de manutenção dos parques de seu bairro. Sua carta deve ter no mínimo 250 palavras, descontados os cabeçalhos e as saudações. Atenção máxima em relação à quantidade de palavras. Atividades com menos de 250 palavras, serão recusadas. Em seu texto, você deve: i. apresentar de forma clara o problema denunciado; ii. justificar a importância de parques públicos; e iii. apresentar uma proposta de revitalização da área.
Para construir seus argumentos, leia os textos indicados logo abaixo.
Vamos lá!
Leia os textos a seguir para produzir o seu texto. Você deverá usar as informações relevantes para justificar seus argumentos na carta.
Texto base 1 - Entenda a importância dos parques para o equilíbrio das metrópoles
Texto base 2 - A importância dos parques urbanos e como eles influenciam na qualidade de vida nas cidades
Texto base 3 - Importância dos parques urbanos
Soluções para a tarefa
Resposta:
“Os Parques de bairro devem proporcionar 6 m2 /habitante de área verde e ter mais de 10 ha. Os Parques distritais ou setoriais devem possuir de 6 a 7 m2 /habitante e área mínima de 100 ha e ser de grande beleza natural. Ambos devem cumprir funções ecológicas, estéticas e recreacionais. Quanto a estrutura, os Parques de uso intensivo devem possuir estacionamentos, áreas de esportes, restaurantes, museus, áreas para espetáculos culturais entre outros. Os de uso semi-intensivo possuem áreas para piqueniques, passeios, caminhadas, trilhas, sendo, portanto, a interferência humana é menor. As áres naturais praticamente não tem interferência humana. São naturais e silenciosas propícias para longas caminhadas, meditação e contato com a natureza porque possuem pouca infraestrutura” (CAVALHEIRO; DEL PICCHIA, 1992).
As principais funções das áreas verdes públicas urbanas são ecológicas, estéticas e sociais. Ecológica é a função principal da floresta bem como a recuperação de ambientes degradados pela industrialização. A fauna da cidade, como as aves, por exemplo, geralmente depende da arborização para abrigo e alimentação. A estética é a harmonização dos diferentes estilos arquitetônicos existentes nas cidades.
A função social é a democratização dos espaços públicos destinados ao lazer e recreação. Além disso, as árvores fazem parte do cotidiano das pessoas, gerando um vínculo delas com a natureza. Parques são áreas verdes com mais de 10 hectares destinados ao lazer ativo ou passivo, à preservação da flora e da fauna ou dos atributos naturais que possam caracterizar a unidade de paisagem na qual o Parque está inserido, bem como promover a melhoria das condições de conforto ambiental nas cidades. Os Parques de bairro devem proporcionar 6 m2/habitante de área verde e ter mais de 10 ha. Os Parques distritais ou setoriais devem possuir de 6 a 7 m2/habitante e área mínima de 100 ha e ser de grande beleza natural. Ambos devem cumprir funções ecológicas, estéticas e recreacionais.
Quanto a estrutura, os Parques de uso intensivo devem possuir estacionamentos, áreas de esportes, restaurantes, museus, áreas para espetáculos culturais etc. Os de uso semi-intensivo possuem áreas para pinicas, passeios, caminhadas, trilhas etc., portanto a interferência humana é menor. As áres naturais praticamente não tem interferência humana. São naturais e silenciosas propícias para longas caminhadas, meditação e contato com a natureza porque possuem pouca infra estrutura, A cobertura vegetal de São Paulo constitui-se basicamente por fragmentos de vegetação natural secundária (Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Densa Alta Montana, Floresta Ombrófila sobre turfeira, Floresta Estacional Semidecidual e Campos Naturais), resistentes ainda ao processo de expansão urbana, bem como vegetação implantada em parques, praças e na escassa arborização viária.
No Brasil, ao menos seis grandes cidades estão entre as mais arborizadas e todas elas contam com espaços verdes em suas áreas urbanas que cumprem esse papel: parques como o Farroupilha, em Porto Alegre, Flamboyant, em Goiânia, Serra do Curral, em Belo Horizonte, Lagoa do Taquaral, em Campinas, Jardim Botânico, em Curitiba e o Ibirapuera, em São Paulo.
Apesar de existirem inúmeros parques de alta importância cultural, conservacionista e social nas cidades brasileiras, o Brasil ainda tem atuação tímida neste sentido; seja por obstáculos na implantação de espaços verdes, seja por questões sociais mais integradas com a rotina das cidades. Neste último item destaca-se pesquisa realizada pelo Instituto Semeia, que constatou que 43% dos entrevistados de regiões metropolitanas como Porto Alegre, Salvador, Manaus, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, não visita os parques urbanos das cidades onde moram devido à falta de segurança, instalações precárias e má iluminação noturna.
Apesar disto, existem iniciativas em curso para tornar ambientes de menor porte, como praças e parquinhos, mais recorrentes e integrados com as grandes cidades, como é exemplo o Projeto Praças, que uniu a solução colaborativa entre cidadãos, órgãos públicos e iniciativa privada para recuperar praças abandonadas nas cidades.
As áreas verdes fazem ainda fazem mais pelo entorno. Elas servem, destaca Ângela, para mostrar ao homem que a natureza não depende dele para viver, ao contrário, é ele, o homem, quem depende da natureza. "As árvores fornecem oxigênio, mas não é só isso, tem a questão do bem-estar. É comprovado que estar em meio à natureza diminui o estresse e melhora a qualidade de vida", diz. Os parques garantem o equilíbrio climático e uma boa qualidade do ar.
Explicação:
ANAIS
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IMPORTÂNCIA DOS PARQUES URBANOS: O EXEMPLO DO PARQUE ALFREDO VOLPI
Laerte Scanavaca Júnior1
1= Engenheiro Florestal, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente em Jaguariúna, SP. E-mail:
[email protected]
Texto base 1 - Entenda a importância dos parques para o equilíbrio das metrópoles
Texto base 2 - A importância dos parques urbanos e como eles influenciam na qualidade de vida nas cidades
Texto base 3 - Importância dos parques urbanos