Atividade Da Secretaria digital
Atividade 22
Leia o texto abaixo.
Árvores sempre dão crônicas
[...] Quando criança, lembro do dia em que plantamos uma jabuticabeira no quintal de casa. Meu pai a trouxe da feira, abrimos um buraco no gramado, fincamos o pequeno pé e nos plantamos ali por um tempo jogando água e adubo para ela vingar. Achei que na manhã seguinte, nosso novo brinquedo começaria a brotar jabuticabas diariamente em escala industrial. Doce ilusão. Doce, não, amarga. Para minha decepção, a jabuticabeira [...] levou ainda um ano ou dois para encher nossos tupperwares1 com seus frutos.
Ali, descobri que árvores não se apressam. [...] Se existe um ser que respeita e se submete aos ciclos da natureza e às estações, esse ser é a árvore. [...]
Quando meus pais se mudaram da casa, 25 anos depois, fui até aquele quintal num sábado cedo com minha esposa e nossas filhas e entre as tantas plantas que meu pai cultivava no jardim, foi na jabuticabeira que amarrei o olhar. A verdade, me dei conta, é que nunca gostei muito de jabuticabas – mangas, mexericas, morangos, uvas e bananas ocupam a lista de favoritas à frente de bolinhas pretas com caroço – mas eu gostava demais daquela árvore.
Porque árvores nos dão histórias. E seguem nossa história quando temos o privilégio de passar a infância e os anos depois da infância convivendo ao redor de seu tronco e sob a sombra de seus galhos. Quando vemos suas folhas caindo, suas sementes germinando o chão e quando finalmente chega o tempo em que nós é que lançamos as pequenas sementes nessa terra, e os filhos brotam e crescem e correm ao nosso redor, sob nossa sombra, sob nossos galhos, até que ciclos e ciclos e ciclos se renovem. Porque as árvores nos dão também a noção do tempo que as coisas levam para acontecer nas estações da vida e nessa existência apressada que levamos.
Sabiás e bem-te-vis cantam em meio às árvores lá fora agora. Duas meninas cantam e dançam pela casa agora. Ainda é primavera e há árvores na rua e flores por esse chão todo aqui. E há sementes. As sementes que lançamos no mundo e que, mais do que crônicas e árvores, nos dão nossas melhores histórias.
*Vocabulário:
1tupperwares: potes de plástico.
MATOS, Luiz Henrique. Árvores sempre dão crônicas. In: Estadão. 2017. Disponível em:
De acordo com esse texto, no trecho “... foi na jabuticabeira que amarrei o olhar.” (3º parágrafo), a expressão destacada foi usada para
A)apontar que o autor fechou os olhos para evitar ver a jabuticabeira.
B)indicar que o autor se sentiu aborrecido ao ver a jabuticabeira.
C)marcar a dificuldade da jabuticabeira em se desenvolver.
D)mostrar que a jabuticabeira chamou a atenção do autor
E)reforçar a paixão do autor por jabuticabeiras.
Escolher uma das alternativas Vlwww
gv15202:
E)Reforça a paixão de autor pro jabuticabeira
Soluções para a tarefa
Respondido por
18
Resposta:
E)Reforça a paixão de autor pro jabuticabeira
espero ter ajudado
pode colocar como melhor respostas
bons estudos
tchau se cuida
alex49943 avatar
chamo dps// blz
Respondido por
0
Resposta:
Mostrar que a jabuticabeira chamou a atenção do autor
Explicação: "foi na jabuticabeira que amarrei meu olhar" fazendo menção ao ponto de atenção do autor.
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