Português, perguntado por kettelyndelamares01, 11 meses atrás

Atividade da aula 04
Para sentir a atmosfera do poema, lembremos que um dos traços mais tipicos do
Romantismo é o seu lado noturno. Na atitude predominante do clássico ha certa al
Na atitude predominante do clássico há certa afinidade com a luz
clara do dia, como se ela fosse a da razão que esquadrinha, revela e peneira em todas
inversamente, a noite parece mais ajustada a uma corrente que valoriza o mistério, respeita
mexplicavel e aprecia os sentimentos indefiníveis. Daí o gosto pela noite como nora, quando
escuridao reina e se associa na imaginação a acontecimentos anormais ou sobrenaturais, pontilhados
de fantasmas, crimes e perversões (no "I juca Pirama" aparecem as iarvas da noite sombria" ); mas
também o gosto pela noite da alma, modo de ser melancólico ou lutuoso, dominado pelas emergências
do inconsciente [...]”.
(CÂNDIDO,2000).

pergunta
Disserte, aqui, conforme orientações da Atividade 04​​

Soluções para a tarefa

Respondido por danyelerodrigues098
17

Este poema é escrito como se fosse um diálogo de figurantes marcados: "Eu"

fala na primeira pessoa, dirigindo-se a um cavaleiro, que adiante é denominado "O

Fantasma", e responde satisfazendo a sua curiosidade.

"Eu" vê esse cavaleiro revestido de couraça escura galopar num vale também

escuro, levantando poeira e despertando o grito dos mortos, enquanto um fantasma

lhe morde os pés. Os olhos do cavaleiro brilham e ele solta gemidos, trazendo

desembainhada na mão uma espada cheia de sangue. Talvez haja feito algo terrível,

pois parece que é seguido por um tropel e um brado de vingança, partidos do alto

da montanha que costeia o vale. O observador, situado em posição ideal, quer saber

aonde vai, quem é, por que manifesta sofrimento e por que vaga pela noite cheia de

assombramentos; e chega a supor que seja encarnarão de um remorso. Essa

hipótese, feita em forma interrogativa, não satisfaz, pois subsiste no "Eu" o

sentimento de estar ante um mistério maior, até que sua pergunta angustiada seja

respondida pelo "Fantasma": este diz então que é o sonho da sua esperança, a sua

febre sem repouso, o seu delírio sem solução. Essa revelação parece esclarecer o

mistério. Sobretudo se nos reportarmos ao título: o sujeito do enunciado estaria

descrevendo um sonho, onde se vê a angústia devida à frustração das aspirações,

corporificada num cavaleiro que galopa pelo reino da morte.

Esse primeiro sentido é válido. A análise do nível estético fará ver como ele se

traduz em linguagem poética, e pode abrir

caminho para a captação de outros, pois o ar de mistério leva a crer que o poema

é mais complexo do que a leitura inicial sugere. De fato, o problema é saber que

sonho, que febre e que delírio mortal são esses. Note-se que "Eu" funciona como

observador ideal, cuja percepção institui o assunto; e que não conta algo

ocorrido, mas mostra o que está ocorrendo, numa apresentação de tipo

dramático, realçada pela indicação dos figurantes e expressa pelos verbos, que

estão todos no indicativo presente. De tal modo que o tempo narrado (ou da

narração) é igual ao tempo narrativo (ou do narrador), pois a ação decorre

simultaneamente ao ato de mostrá-la.


giovannaespindolafer: tem como vc resumi pra mim
izabelalyvio8783: Vc pode resumir por favor ?
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