Português, perguntado por filipearagaoozuk1q, 6 meses atrás

Atividade

1- Canção do Exílio (Gonçalves Dias)

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.


Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossas vidas mais amores.


Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.


Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar-sozinho, à noite-

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.


Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu’inda aviste as palmeiras,

Onde canta o sabiá.

ANÁLISE:

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2-Canção do Tamoio(Gonçalves Dias)

I

Não chores, meu filho:

Não chores, que a vida

É luta renhida:

Viver é lutar.


A vida é combate,

Que os fracos abate,

Que os fortes, os bravos,

Só pode exaltar.

II

Um dia vivemos!

O homem que é forte

Não teme da morte;

Só teme fugir;

No arco que entesa

Tem certa uma presa,

Quer seja tapuia,

Condor ou tapir.

(...)

III

Domina, se vive;

Se morre, descansa

Dos seus na lembrança,

Na voz do porvir.

Não cures da vida!

Sê bravo, sê forte!

Não fujas da morte,

Que a morte há de vir!

(Fragmentos)

ANÁLISE:

3--A LAGARTIXA( Álvares de Azevedo)

A lagartixa ao sol ardente vive

E fazendo verão o corpo espicha:

O clarão de teus olhos me dá vida,

Tu és o sol e eu sou a lagartixa.

Amo-te como o vinho e como o sono,

Tu és meu copo e amoroso leito...

Mas teu néctar de amor jamais se esgota,

Travesseiro não há como teu peito.

Posso agora viver: para coroas

Não preciso no prado colher flores;

Engrinaldo melhor a minha fronte

Nas rosas mais gentis de teus amores.

Vale todo um harém a minha bela,


Em fazer-me ditoso ela capricha...

Vivo ao sol de seus olhos namorados,

Como ao sol de verão a lagartixa.

ANÁLISE:

4-LEMBRANÇA DE MORRER(Álvares de Azevedo)

Quando em meu peito rebentar-se a

fibra,

Que o espírito enlaça à dor vivente,

Não derramem por mim nenhuma

lágrima

Em pálpebra demente.

E nem desfolhem na matéria impura

A flor do vale que adormece ao vento:

Não quero que uma nota de alegria

Se cale por meu triste passamento.

Eu deixo a vida como deixa o tédio

Do deserto, o poento caminheiro,

... Como as horas de um longo pesadelo

Que se desfaz ao dobre de um sineiro;

Como o desterro de minh’alma errante,

Onde fogo insensato a consumia:

Só levo uma saudade... é desses tempos

Que amorosa ilusão embelecia.

Só levo uma saudade... é dessas


sombras


Que eu sentia velar nas noites minhas...

De ti, ó minha mãe, pobre coitada,

Que por minha tristeza te definhas!

De meu pai... de meus únicos amigos,

Pouco - bem poucos... e que não


zombavam

Quando, em noites de febre

endoudecido,


Minhas pálidas crenças duvidavam.


Se uma lágrima as pálpebras me


inunda,


Se um suspiro nos seios treme ainda,

É pela virgem que sonhei... que nunca

Aos lábios me encostou a face linda!

Só tu à mocidade sonhadora

Do pálido poeta deste flores...

Se viveu, foi por ti! e de esperança

De na vida gozar de teus amores.

Beijarei a verdade santa e nua,

Verei cristalizar-se o sonho amigo...

Ó minha virgem dos errantes sonhos,

Filha do céu, eu vou amar contigo!

Descansem o meu leito solitário

Na floresta dos homens esquecida,

À sombra de uma cruz, e escrevam nela:

Foi poeta - sonhou - e amou na vida.

Sombras do vale, noites da montanha

Que minha alma cantou e amava tanto,

Protegei o meu corpo abandonado,

E no silêncio derramai-lhe canto!

Mas quando preludia ave d’aurora

E quando à meia-noite o céu repousa,

Arvoredos do bosque, abri os ramos...

Deixai a lua pratear-me a lousa!


ANÁLISE:
5-Amar e ser amado ( Castro Alves)

Amar e ser amado! Com que anelo

Com quanto ardor este adorado sonho

Acalentei em meu delírio ardente

Por essas doces noites de desvelo!

Ser amado por ti, o teu alento

A bafejar-me a abrasadora frente!

Em teus olhos mirar meu pensamento,

Sentir em mim tu’alma, ter só vida

P’ra tão puro e celeste sentimento:

Ver nossas vidas quais dois mansos rios,

Juntos, juntos perderem-se no oceano —,

Beijar teus dedos em delírio insano

Nossas almas unidas, nosso alento,

Confundido também, amante — amado —

Como um anjo feliz... que pensamento!?

ANÁLISE:_______________________________________________________

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Soluções para a tarefa

Respondido por gabylaurapanda
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Resposta:

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