assista ao documentário sobre o tropicalismo e faça um resumo " Especial Tropicalia, 50 anos no #Programadifdrente "
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Tropicalismo ou Tropicália foi um movimento cultural brasileiro, concentrado entre os anos de 1968 e 1969, que marcou profundamente diversas formas de expressão artística, como a música, o cinema, o teatro, a poesia e as artes plásticas.
Apesar das perseguições políticas e censura promovidas pelo Estado na época, o movimento da Tropicália não deixou de fazer debates políticos importantes e produzir leituras críticas sobre as realidades brasileiras, por meio das suas múltiplas formas de expressão.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, ideias como progresso, desenvolvimento, racionalidade, entre outras, relacionadas à Modernidade, passam a ser fortemente questionadas diante os resultados traumáticos dos conflitos que marcaram a primeira metade do século XX, além das experiências totalitaristas, sobretudo o nazifascismo
Assim, na filosofia, autores como Frantz Fanon, Michel Foucault, Jacques Derrida, Gilles Deleuze, Herbert Marcuse, Guy Debord, entre outros, ganharam centralidade no debate político, com suas fortes críticas ao processo civilizatório, à Modernidade, ao progresso, à sociedade do consumo, às instituições etc., que passaram a ser objetos de intensos debates intelectuais em diversas partes do mundo.
Nas artes, floresciam movimentos em diferentes lugares do mundo cujo principal objetivo concentra-se na observação política, no debate estético, ora em sua dimensão “pura”, ora em seus aspectos também políticos, além de um forte espírito de contestação dos próprios pressupostos modernos.
Dentro de todo esse contexto pós-guerra, com o desenvolvimento da Indústria Cultural e a introdução cada vez mais acelerada dos televisores domésticos e do rádio, ampliando o consumo de massa, o Tropicalismo destaca-se como um marco na história da arte no Brasil, trazendo tanto novas discussões políticas e estéticas, como também resgatando debates e abordagens artísticas que tiveram início lá na Semana de Arte Moderna de 1922.
Contudo, o uso de instrumentos e influências externas dava-se, como mencionado, de forma antropofágica, crítica, colocando em perspectiva a cultura brasileira e seus referenciais no seio do debate sobre a Indústria Cultural, ao mesmo tempo, incorporava-se fortemente as influências da Bossa Nova.