As Ruas Das Cidades Coloniais São Estreitas E Nelas Pessoas Circulam A Pé Ou A Cavalo
Soluções para a tarefa
A disseminação dessas doenças, não raro, era potencializada por condições de higiene bastante precárias. Os excrementos eram lançados das janelas das casas e, para que a urina e as fezes não atingissem algum morador despercebido, um grito de “água vai!” antecedia o ato de “descarga”. Em locais maiores, tais excrementos eram recolhidos por escravos responsáveis por encaminhá-los até algum rio ou praia em que tudo fosse finalmente eliminado.
Em diversos momentos, cientes de tantas dificuldades, o governo colonial buscava adotar medidas que superassem tantas mazelas. Uma das maiores dificuldades da época envolvia o abastecimento da cidade, tendo em vista que a economia voltada para a exportação e a proibição da constituição de manufaturas fazia com que a falta de alimentos, vestuários e ferramentas fosse uma rotina muito comum.
Observando todas essas dificuldades, podemos ver que a vida nas cidades era bem diferente do que estamos atualmente habituados. No século XVIII, podemos observar que essa situação se transformou em alguns centros urbanos com o desenvolvimento da economia mineradora, responsável por uma melhor articulação do mercado interno. Ainda assim, hoje, observamos que sérios problemas tornam a vida nas cidades em um eterno horizonte de mazelas a serem superadas.
Os elementos urbanos iniciais destas cidades tendem para o traçado urbano orgânico-funcional. As ruas eram estreitas, relacionando-se com pontos como a praça, a igreja, o comércio e os largos ou terreiros. Eram vias tortuosas e quase nunca com calçamento. As casas alinhavam-se em fileiras com pouca variação tipológica. As portas e as janelas seguidas criavam um sentido estético ao se colocarem sobre a topografia.
Do ponto de vista morfológico, esse princípio criou uma categoria única no urbanismo: a rua direta, isto é, a rua que “vai diretamente” de um ponto de interesse ao outro, desprezando-se o sentido geométrico em favor do funcional.
Os lotes eram dispostos de maneira a possibilitar que todos os edifícios tivessem fachada frontal. Essa característica resultou em terrenos de pouca frente e muito fundo, longos e estreitos. As praças não eram espaços monumentais, e sim, espaços diferenciados. O caráter religioso das primeiras praças é evidente. Os adros das igrejas, os largos dos conventos e das capelas eram espaços de prestígio social e de configuração física mais monumental, mais expressiva.