História, perguntado por gabrielmorenolocoste, 4 meses atrás

As ideias expressas no documento Manifesto
ao mundo
continuam movimentando discussões hoje
em dia?
Justifique.

Soluções para a tarefa

Respondido por mateuscosta3006
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Resposta: Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e

gravidade ao da educação. Nem mesmo os de caráter econômico lhe podem disputar a

primazia nos planos de reconstrução nacional. Pois, se a evolução orgânica do sistema

cultural de um país depende de suas condições econômicas, é impossível desenvolver

as forças econômicas ou de produção, sem o preparo intensivo das forças culturais e o

desenvolvimento das aptidões à invenção e à iniciativa que são os fatores

fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade. No entanto, se depois de 43

anos de regime republicano, se der um balanço ao estado atual da educação pública,

no Brasil, se verificará que, dissociadas sempre as reformas econômicas e

educacionais, que era indispensável entrelaçar e encadear, dirigindo-as no mesmo

sentido, todos os nossos esforços, sem unidade de plano e sem espírito de

continuidade, não lograram ainda criar um sistema de organização escolar, à altura

das necessidades modernas e das necessidades do país. Tudo fragmentário e

desarticulado. A situação atual, criada pela sucessão periódica de reformas parciais e

freqüentemente arbitrárias, lançadas sem solidez econômica e sem uma visão global

do problema, em todos os seus aspectos, nos deixa antes a impressão desoladora de

construções isoladas, algumas já em ruína, outras abandonadas em seus alicerces, e

as melhores, ainda não em termos de serem despojadas de seus andaimes...

Onde se tem de procurar a causa principal desse estado antes de inorganização

do que de desorganização do aparelho escolar, é na falta, em quase todos os planos e

iniciativas, da determinação dos fins de educação (aspecto filosófico e social) e da

aplicação (aspecto técnico) dos métodos científicos aos problemas de educação. Ou,

em poucas palavras, na falta de espírito filosófico e científico, na resolução dos

problemas da administração escolar. Esse empirismo grosseiro, que tem presidido ao

estudo dos problemas pedagógicos, postos e discutidos numa atmosfera de horizontes

estreitos, tem as suas origens na ausência total de uma cultura universitária e na

formação meramente literária de nossa cultura. Nunca chegamos a possuir uma

"cultura própria", nem mesmo uma "cultura geral" que nos convencesse da "existência

de um problema sobre objetivos e fins da educação". Não se podia encontrar, por isto,

unidade e continuidade de pensamento em planos de reformas, nos quais as

instituições escolares, esparsas, não traziam, para atraí-las e orientá-las para uma

direção, o pólo magnético de uma concepção da vida, nem se submetiam, na sua

organização e no seu funcionamento, a medidas objetivas com que o tratamento

científico dos problemas da administração escolar nos ajuda a descobrir, à luz dos fins

estabelecidos, os processos mais eficazes para a realização da obra educacional.

Certo, um educador pode bem ser um filósofo e deve ter a sua filosofia de

educação; mas, trabalhando cientificamente nesse terreno, ele deve estar tão

interessado na determinação dos fins de educação, quanto também dos meios de

realizá-los. O físico e o químico não terão necessidade de saber o que está e se passa

além da janela do seu laboratório. Mas o educador, como o sociólogo, tem

necessidade de uma cultura múltipla e bem diversa; as alturas e as profundidades da

vida humana e da vida social não devem estender-se além do seu raio visual; ele deve

ter o conhecimento dos homens e da sociedade em cada uma de suas fases, para

perceber, além do aparente e do efêmero, "o jogo poderoso das grandes leis que

dominam a evolução social", e a posição que tem a escola, e a função que representa,

Explicação: Espero ter ajudado.

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