“As divindades constituíam as personagens que, pelas divergências, intrigas, amizades e desejo de justiça, explicavam tanto a natureza humana como os resultados das guerras e os valores culturais. Nesse sentido, a linguagem do mito esconde interesses de classes e pode ser manipulada por aqueles que detêm o poder. Ela impõe comportamentos morais à comunidade e uma hierarquia de punições para aqueles que não os seguem. Em virtude do desenvolvimento e dos contatos culturais com outros povos, decorrentes do comércio e da navegação, os gregos cultos sentiram necessidade de encontrar uma linguagem mais universal e rigorosa para justificar o universo e as próprias instituições. O mito parecia-lhes, cada vez mais, uma forma de expressão regional, particular, uma cristalização de interesses locais. Em síntese, o mito já não satisfazia às necessidades culturais da época.” (Cassiano Cordi. In: Vários autores. Para filosofar. São Paulo: Ed. Scipione, 2003, p. 15.)
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Bom dia!
O trecho explica como foi o processo de teologia e mitologia que serviam para suprir a necessidade dos homens mediante questões cotidianas do dia-a-dia bem como a outras questões mais complexas do ser humano.
Sendo assim, o ser humano buscava através do pensamento outras formas de se estabelecer, de encontrar seu caminho que não fosse apenas por meio de um pensamento divino, mas também através da racionalidade do ser humano e na formulação de pensamentos críticos que punham à prova as revelações divinas.
Existe então, o surgimento da filosofia.
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