As correntes sociológicas e seus fundadores
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Resposta:
De acordo com as classificações geralmente aceitas, são cinco as correntes principais da sociologia: Organicismo Positivista, Teorias do Conflito, Formalismo, Behaviorismo Social e Funcionalismo
A disciplina visa discutir as principais correntes sociológicas clássicas (materialismo histórico e dialético de Karl Marx, o funcionalismo de Émile Durkheim, a sociologia compreensiva de Max Weber e a sociologia formal de Georg Simmel, no que diz respeito às influências intelectuais que sofreram, o contexto histórico
Primeira construção teórica importante surgida na sociologia, nasceu da hábil síntese que Comte fez do organicismo e o positivismo, duas tradições intelectuais contraditórias.
O organicismo representa uma tendência do pensamento que constrói sua visão do mundo sobre um modelo orgânico e tem origem na filosofia idealista. O positivismo que fundamenta a interpretação do mundo exclusivamente na experiência, adota como ponto de partida a ciência natural e tenta aplicar seus métodos no exame dos fenômenos sociais. Assim, os primeiros conceitos da nova disciplina foram elaborados de acordo com analogias orgânicas, três das quais são fundamentais para a compreensão dessa corrente sociológica.
Desde o século XIV, a Europa presenciava uma ascensão cada vez maior de uma nova classe social: a burguesia. A Reforma Protestante, ocorrida no século XV, e uma nova visão de mundo, menos dominada pela lógica católica medieval, permitiram o crescimento ainda maior dessa nova classe social. Os séculos XVI e XVII presenciaram diversas mudanças sociais, como as revoluções científicas e a Revolução Inglesa.
No século XVIII, a independência das Treze Colônias, que resultou na fixação do antigo território inglês como os Estados Unidos da América, um país republicano democrático, e a Revolução Francesa deram os indícios práticos da falência do Antigo Regime (o absolutismo). O iluminismo francês — movimento filosófico e político representado por Montesquieu e Voltaire, por exemplo — também deu sinais de que o povo europeu não aceitava mais o absolutismo como um regime político legítimo.
Na passagem do século XVIII para o XIX, a Europa viu-se diante de uma crise política e social: a França estava sob instabilidade e caos político deixados pela revolução, além do que a Revolução Industrial causou uma intensa mudança na configuração espacial da Europa, em especial da Inglaterra, que saiu à frente na industrialização. Houve um intenso e repentino êxodo rural em cidades agora industrializadas, o que causou caos social por conta da onda de miséria, do alastramento de doenças e da consequente violência crescente nos centros urbanos.
Diante dessa situação, o filósofo francês Auguste Comte colocou-se a falar sobre a necessidade de mudar-se radicalmente os rumos que a sociedade estava tomando. Para o filósofo, era necessário reestabelecer a ordem para que a França retomasse seu crescimento. Essa ordem somente poderia ser atingida por uma rígida organização da sociedade (tão rígida quanto requerem os padrões militares) e pela valorização do cientificismo.
A ciência, para Comte, é a principal chave de crescimento intelectual e moral da sociedade. Para intervir de forma eficaz nesta, seria necessário entender como ela se estrutura, o que seria possível por meio de uma ciência que se colocasse a analisá-la. Primeiramente, o nome dessa ciência, na teoria de Comte, seria física social. Era necessário que ela tomasse um rigor metodológico para si assim como as ciências da natureza. Mais tarde, Comte nomeou a sua ciência de sociologia. Todo esse conjunto teórico do filósofo tornou-se uma espécie de movimento político e social que ficou conhecido como positivismo.
Cada autor clássico da sociologia entendia a sociedade com base em uma visão diferente e peculiar. Auguste Comte via-a como uma complexidade que deveria ser abordada pelo positivismo, tendo em mente sempre o progresso e o cientificismo. As classes sociais resultantes do capitalismo seriam menos desiguais com o progresso e o ordenamento geral da sociedade.
Para Karl Marx, a sociedade tinha herdado do capitalismo a divisão em classes sociais, o que resultou numa profunda desigualdade social. Para ele existem duas classes sociais: burguesia e proletariado. A burguesia seria a classe detentora dos meios de produção (fábricas), enquanto o proletariado seria detentor apenas de sua força de trabalho, usurpada pela burguesia via trabalho assalariado.
Para Émile Durkheim, a sociedade é um todo organizado com base em suas funções. O método proposto por ele, o funcionalismo, visa entender as funções de cada indivíduo na sociedade a fim de compreendê-la como um todo.
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