As ciências naturais eram-lhe queridas e familiares; e uma insaciável e religiosa curiosidade do Universo, impelira-o a estudar tudo o que divinamente o compõe, desde os insectos até aos astros. Estudos carinhosamente feitos com o coração — porque Fradique sentia pela Natureza, sobretudo pelo animal e pela 5 - planta, uma ternura e uma veneração genuinamente budistas. “Amo a Natureza (escrevia-me ele em 1882) por si mesma, toda e individualmente, na graça e na fealdade de cada uma das formas inumeráveis que a enchem; e amo-a ainda como manifestação tangível e múltipla da suprema Unidade, da Realidade intangível, a que cada Religião e cada Filosofia deram um nome diverso e a que eu presto culto 10 - sob o nome de VIDA. Em resumo adoro a Vida — de que são igualmente expressões uma rosa e uma chaga, uma constelação e (com horror confesso) o conselheiro Acácio. Adoro a Vida e portanto tudo adoro — porque tudo é viver, mesmo morrer. Um cadáver rígido no seu esquife vive tanto como uma águia batendo furiosamente o voo. [...]" QUEIROZ, Eça de. Correspondência de Fradique Mendes. In: Obras de Eça de Queiroz. Porto: Lello & Irmão Editores, 1966. v. II, p. 1018. Sobre esse fragmento e a obra de Eça de Queiroz, é correto afirmar: (01) O fragmento apresenta um discurso em que narrador ficcional e personagem biografada se manifestam. (02) A importância que Fradique atribui às ciências naturais expressa uma das tendências recorrentes no século XIX. (04) O narrador, para caracterizar Fradique, apresenta várias situações ilustrativas do modo de pensar e agir da personagem. (08) O enunciador, ao fornecer detalhes, acontecimentos e preferências da personagem, utiliza um procedimento narrativo-descritivo característico da estética dominante na época. (16) Os termos “religiosa” (l. 2) e “divinamente” (l. 2) evidenciam o discurso religioso característico da sociedade portuguesa. (32) A substituição do elemento linguístico “do”, em “curiosidade do Universo” (l. 2), por “pelo” resulta em um outro significado para a frase. (64) O fragmento “toda e individualmente” (l. 6) demonstra que Fradique tem uma compreensão dicotômica, subdividida do universo.
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Olá.
Conforme o enunciado, compreende-se que as assertivas corretas são 01 + 02 + 04 + 08= 15.
Como podemos observar, a assertiva 16 é errada, já que os termos usados não possuem relação com a religiosidade da sociedade portuguesa, mas se for ler o texto, conseguimos entender que se trata de uma curiosidade que esta população tem em estudar as ciências naturais.
Assim como a assertiva 32 também é incorreta, já que as palavras utilizadas possuem o mesmo significado. E como apresentado no enunciado está errado, já que diz que não se complementam.
E por fim, a assertiva 64 também está errada, já que Fradique não tem uma visão dicotômica do universo, mas pensa nele em sua totalidade, e na sua individualidade.
Espero ter ajudado!
Conforme o enunciado, compreende-se que as assertivas corretas são 01 + 02 + 04 + 08= 15.
Como podemos observar, a assertiva 16 é errada, já que os termos usados não possuem relação com a religiosidade da sociedade portuguesa, mas se for ler o texto, conseguimos entender que se trata de uma curiosidade que esta população tem em estudar as ciências naturais.
Assim como a assertiva 32 também é incorreta, já que as palavras utilizadas possuem o mesmo significado. E como apresentado no enunciado está errado, já que diz que não se complementam.
E por fim, a assertiva 64 também está errada, já que Fradique não tem uma visão dicotômica do universo, mas pensa nele em sua totalidade, e na sua individualidade.
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