Arte de rua mocinha ou vilã texto dissertativo argumentativo
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Resposta:
Segundo o renomado artista renascentista Leonardo da Vinci, a manifestação artística exprime o inexprimível. A arte de rua nos proporciona conforto visual e pensamento crítico, todavia, em algumas ocasiões, é melhor deixar que o irretratável continue sendo não-retratável.
Primeiramente, é essencial destacar a importância da arte de rua. É inquestionável o fato de que esses desenhos embelezam as cidades e agradam os olhares, trazendo um ar de elegância às paisagens normalmente marcadas pela cor do concreto. Além disso, pinturas que denunciam as mazelas da sociedade também são um ponto a favor dessa expressão artística. Banksy é conhecido em todo o mundo por sua arte urbana com altas doses de críticas sociais, as quais incentivam o observador a se questionar sobre diversos assuntos recorrentes enquanto está simplesmente esperando o sinal verde para atravessar a rua - por exemplo.
Em segundo lugar, apesar desses benefícios, a arte de rua também representa um problema. Os artistas utlizam muros das cidades como suas telas, sendo assim, esses passam de um local comum - muitas vezes bairros de baixa renda - para um ponto-turístico da noite para o dia. Quando uma pintura surge - principalmente se for de autoria de renomados artistas - logo empresas disponibilizam caravanas turísticas para a realização de um tour pela obra, sendo exigidos altos preços. Em decorrência disso, uma região que antes era moradia de cidadãos pobres passa a receber milhares de turistas de renda alta. Logo, a permanência dessas famílias desafortunadas no bairro torna-se inviável, obrigando-as a se mudarem, marginalizando ainda mais essa população. Portanto, a arte de rua promove a gentrificação da localidade.
Dessa forma, é de extrema importância que o Ministério do Turismo fiscalize as artes urbanas que se transformaram em atrações turísticas, garantindo, por meio de lei, que não haja pertubação da paz dos moradores próximos dali. Ademais, o Ministério da Cultura, por meio de política pública, deve determinar que a arte de rua seja legal apenas quando há a permissão do dono da propriedade - se essa for privada - e o consentimento da população no raio de um quilômetro. Dessa maneira, espera-se acabar com as complicações que tornam essa arte uma vilã.
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