História, perguntado por babi3330, 10 meses atrás

argumentos para a defesa De socrates

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Respondido por alineseravali
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Resposta:

Discurso de Sócrates em sua defesa

Filósofo aceita a sua condenação à morte, com palavras que são a maior evidência da sua grandeza ética e do seu gênio

Sócrates é uma dessas figuras imperecíveis da história, que acabou por ir além de sua vida terrena e erigir-se num símbolo. O homem de carne e osso, o cidadão ateniense, nasceu no ano de 469 a.C. e foi condenado a morte no ano de 399 a.C.

Socrates foi condenado a morte no ano de 399 a.C.

Criou, em torno de si um escola (no sentido intelectual e não material do termo) a qual acorriam os jovens atenienses que se interessavam pela busca do conhecimento filosófico. Um destes jovens era Platão, seu principal discípulo, e a quem devemos o registro escrito do pensamento de Sócrates: Os Diálogos.

Filho de uma parteira, costuma-se associar seu método de pensar e ensinar, ao processo de parto: ajudar a natureza a dar a luz à criança.

Sua forma de ensinar, pelo constante questionamento das afirmações e da busca do seu significado, a partir de indagações intelectualmente provocadoras, equivalia ao processo de ajudar a natureza do discípulo (sua mente) a extrair, de dentro de si mesmo, o conhecimento verdadeiro.

Em outras palavras, “um parto espiritual”.

Sócrates ensinava pelo uso da palavra falada. Não deixou nada escrito. Seus discípulos, sobretudo Platão fez isso, ao expor e desenvolver as idéias do mestre. Sócrates foi imortalizado pela obra de Platão, e por sua morte resultante de julgamento público, pela acusação de:

“Corromper as mentes dos jovens e acreditar em deuses de sua própria invenção, ao invés dos deuses reconhecidos pelo estado”

É no diálogo platônico denominado Apologia, transcrição da defesa de Sócrates, que se encontra uma detalhada descrição da forma como vivia e das convicções que possuía.

A morte de Sócrates causou uma marca profunda em todos os seus discípulos porque, ao rejeitar qualquer concessão ou acordo, deu o exemplo pessoal, confirmado por sua morte, de um pensador que levava a coerência intelectual tão a sério que estava disposto a morrer, para dela não abdicar.

Conta-se que Aristóteles (que foi discípulo de Platão) estando para ser preso em Atenas, fugiu da cidade. Questionado por sua atitude, totalmente oposta à de Sócrates, ele teria respondido:

“Não vou permitir que se cometa um segundo crime contra a filosofia”

O trecho do discurso de defesa, transcrito nesta coluna, foi extraído da Apologia. Nele, as palavras com que aceita a condenação à morte, são em si mesma a maior evidência da sua grandeza ética e do seu gênio. Pelas circunstâncias da morte (sacrifício imposto por sua própria consciência), assim como pelos diálogos platônicos, onde seu pensamento é exposto por ninguém menos que o genial Platão, Sócrates permanece, de 469 a.C. aos nossos dias, o alicerce sobre o qual se edificou, ao longo dos séculos, o edifício da cultura ocidental.

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