Filosofia, perguntado por brenasousa287, 8 meses atrás

Argumento de um Texto com suas palavras a Felicidade: amor corpo e erotismo???​

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Respondido por karlla294
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Resposta:

A reunião em um só volume de três títulos de Betty Milan – O sexophuro, A paixão de Lia e O amante brasileiro – vem mostrar que, sendo obras autônomas, formalmente distintas, que contam histórias bem diferentes, podem ser lidas como uma só narrativa: não-linear e fragmentária, mas com um fio condutor. Partilham a qualidade já observado por Haquira Osakabe a propósito de O amante brasileiro: “a leveza e musicalidade mais próxima da poesia”. Corroboram a afirmação desse estudioso, de que “o amor, suas armadilhas, seus desdobramentos, na verdade são o tema mais constante dessa autora”. Mas não se trata apenas de amor, nessas três narrativas e no restante da obra de Betty Milan, porém de erotismo; e das complexas relações entre palavra e corpo; especialmente, a palavra transfigurada pela poesia, e o corpo transformado em linguagem pela ritualização do erotismo.

A comparação dessas narrativas mostra as particularidades de cada uma; e também sincronias, pontos de contato, relações de continuidade. Basta o leitor imaginar que as três protagonistas, apresentadas na terceira pessoa, são a mesma, e algo de O sexophuro parecerá antecipar A paixão de Lia e O amante brasileiro. Esses relatos, por sua vez, refletem sobre questões já apresentadas em O sexophuro, retomando-as: etapas da mesma aventura intelectual e existencial.

Lidas desse modo, as narrativas passam a ter algo de permutacional. Constituem, em seu conjunto, um painel que pode ser melhor entendido pensando-se no I Ching, o arcaico jogo chinês das mutações (do século VI a.C, ou antes – há uma dúvida insolúvel: se o I Ching é uma expressão do taoísmo, ou se essa doutrina deriva da visão de mundo que norteia esse oráculo). No I Ching, os trigramas, conjuntos de três linhas, são de duas categorias. Aqueles com predomínio de linhas fechadas, que correspondem a números ímpares, são yang, “ativos”, “masculinos”, solares e diurnos; e aqueles com predomínio de linhas abertas, que correspondem a números pares são yin, “passivos”, “femininos”, lunares e noturnos. Suas combinações, reunindo pares de trigramas, possibilitam 64 hexagramas; e cada um deles conta uma história, assim revelando algo através de permutas e combinações. O que importa: sob a regência do pensamento analógico, cada uma dessas possibilidades implica seu contrário e remete a ele. Por isso, na série apresentada nesse livro das mutações, cada hexagrama é seguido por seu oposto, com a distribuição inversa das linhas, e cada uma das histórias supõe seu contrário: um enredo feliz, auspicioso, terminará em desastre; outro, desastroso, terminará de modo feliz; perdas resultarão em ganhos, derrotas em vitórias e vice-versa. O último dos hexagramas, de número 64, é o símbolo, não de um final, mas de um recomeço. É, portanto, caso particular do que já foi denominado de “teoria de contrários”, da qual uma das expressões é a afirmação de William Blake em O Casamento do Céu e do Inferno: “Não há progresso sem Contrários. Atração e Repulsão, Razão e Energia, Amor e Ódio são necessários à existência Humana”.

Lendo as três obras desse modo, como série e jogo de antinomias, O sexophuro passa a valer não apenas em si, mas como prólogo e antecipação. Trata do vazio, da lacuna, da ausência durante “um convívio harmonioso, em que o amor era o da paz e o sexo semanal, o corpo na ordem do dever, da inexistência, da falha e da falta, com o homem de pedra forjado num “silêncio omisso”; um homem em quem “ela via agora uma muralha trincada, nunca a baía serena que tanto imaginara”. Relato de uma perda e de um estado de inação, começa onde narrativas terminam: o trecho inicial parece um epílogo, pois fala do que acabou e não é mais, sem ter chegado a ser plenamente. O sexo é equiparado à alienação e associado à morte, à completa anulação: “Nesse corpo ele durante anos se afundou e ela se alienou. Tanto que para se livrar da sua paixão chegou a imaginar suicídios vários, enforcar-se no quintal, cortar as artérias do pé, uma fantasia que a tomava de supetão entre um amor e outro”. O mundo do erótico, do gozo como fim em si, está longe. Entrevisto de relance, pode estar em cenas de um passado distante, diametralmente opostas à vida da protagonista: na zona, na “rua das putas”. É o “cenário onde todo gozo se podia e não havia interdição”; e que será descortinado em outro registro, em A paixão de Lia.

Respondido por Charliebs
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A Felicidade é algo relativo dependendo da pessoa, e da sua visão de vida. Geralmente, pessoas com autoestima elevada, possuem uma boa relação com o Corpo, pois, se amam como são, e não se preocupam tanto com a opinião alheia. Muitas vezes, estes indivíduos estão fora do “padrão”, considerado ideal pela sociedade. O Erotismo também pode estar associado à Felicidade, pois, pode proporcionar prazer as pessoas, de certa forma.

Felicidade Principais Características

A Felicidade pode ser caracterizada como um determinado estado emocional, onde há sentimentos de realização, contentamento, e satisfação, ao mesmo tempo. Ela deixa as pessoas felizes por algum motivo, pode ser por uma realização pessoal alcançada, a cura de uma doença, estar apaixonado por alguém, entre outras coisas.

A Felicidade varia entre os seres humanos, e pode representar significados distintos para as pessoas. O que é agradável para alguém, pode não ser para o outro, por exemplo. Nós somos responsáveis pela nossa alegria, pois, ela depende da nossa perseverança, e boa vontade. É impossível estar feliz o tempo todo, pois, situações difíceis sempre aparecem em nossas vidas, mas, é preciso ser persistente, e enfrentar os problemas com coragem.

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