Sociologia, perguntado por petrova007, 1 ano atrás

Apresentar uma visão sociológica da figura do estrangeiro.

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Respondido por juliaoshiro1
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Se alguém faz uma análise mais aprofundada sobre si próprio, perceberá que não é uma pessoa deslocada de seu tempo, assim como não é deslocada de suas origens. Para muitos, a origem de seus antepassados é totalmente brasileira, mas para outros, ela se dá através da mudança de familiares para cá como imgrantes.

No século XIX começaram a chegar muitos imigrantes, principalmente da Europa, para substituirem os escravos na lavouras, por causa do fim do tráfico negreiro. Outros motivos foram: os donos de fazendas não queriam pagar salários para ex-escravos e havia uma política que buscava o clareamento da população.  De italianos, ao contrário do que eu disse para algumas turmas, chegaram ao Brasil aproximadamente 1,5 milhão de italianos.  Destes vários imigrantes – onde se enquadram também os alemães, poloneses, ucranianos, japoneses, chineses, espanhóis, sirio-libaneses, armênios, coreanos – alguns se espalharam co suas famílias e outros se organizaram em colonias ou vilas. Os grupos que se mantiveram unidos até hoje conseguiram resguardar a cultura de seus antepassados, ao contrário de outros indivíduos que simplesmente se misturaram ao resot da população brasileira. Assim, encontramos colônias japonesas espalhadas pelo Brasil, assim como bairros com grupos de descendentes de grupos de imigrantes predominantes ou até cidades fundadas por grupos de imigrantes, como por exemplo: as cidades de Americana e Holambra (de origem estadunidense e holandesa, respectivamente), e os bairros da Moóca, do Bexiga e da Liberdade, na cidade de São Paulo (sendo os dois primeiros de origem italiana e o outro de origem japonesa). Nestes lugares, a cultura pode ser vista nos estabelecimetos comerciais, no dialeto e nas festas tradicionais.

O que ainda é muito visível, independente de onde se esteja, é o caso do fenômeno dos dekasseguis – com um grande aumento na quantidade de descendentes de japoneses que vão para o Japão trabalhar – e, ainda sobre os nisseis e sanseis, o fato de muitos andarem em grupos formados por outros descendentes de japoneses. Isto se dá pela força da cultura que faz com que os seus pais sejam muito rígidos na formação dos filhos, até mesmo sobre os seus relacionamentos.

Uma curiosidade: O “Moinho de Holambra” funciona como os moinhos holandeses, não sendo meramente um enfeite.

O estrangeiro sob a ótica de Georg Simmel

Temos na toeria de Georg Simmel uma distinção entre o vinajante e o estrangeiro. Mesmo usando corriqueiramente estrangeiro como todo e qualquer indivíduo que não seja do país do qual estamos olhando. Neste caso, Simmel estabelece aqueles que viajam, mas não se estabelecem (viajantes), e os que viajam para se estabelecer no local de destino (estrangeiro). Assim, não é necessário que essa pessoa tenha vindo de outro país, mas sim de qualquer lugar, longe ou perto do local de destino. O estrangeiro se destaca dos outros integrantes do local de destino por suas particularidades: cultural, idioma, características físicas. Por estes mesmos motivos, ele nunca se insere totalmente no grupo, às vezes, nem os seus descendentes. A relação que se dá entre os estrangeiros e os habitantes locais sempre se configura na relação de amizade entre aluns membros deste grupo, mas de um distanciamento e desprezo, por ambas as partes, quando se olha a relação com o grupo por suas diferenças.

Daí surge a pergunta: Por que o indivíduo imigra?

Como afirmam os textos das páginas 21-22 e 23, um primeiro movimento é o da impossibilidade dos imigrantes, dando destaque para aqueles que vieram para o Brasil, de se manterem nas suas terras pelos custos de produção e de impostos; por não conseguirem pagar suas dívidas contraídas; não poderem sustentar suas famílias em suas terras e; por não conseguirem comprar uma porção de terra quando buscava constituir família. O segundo movimento ocorre nas cidades: Aqueles que saem do campo aumentam vertiginosamente o quadro de mão-de-obra na indústria, que não consegue ser absorvido ou passa a ter que aceitar subempregos para poderem sobreviver. O terceiro e último movimento é a sedução que muitos passaram a receber com propagandas sobre fazer a vida na América: Muitos acreditavam que na América teriam a possibilidade de terem terras, fazerem fortuna com pouco trabalho, ou ao menos fazerem fortuna.

Depois que o fenômeno imigratório cessou, os imigrantes tiveram inúmeros resultados para não voltarem, mesmo depois da estabilidade econômica na Europa e Japão, pós 1960:

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