Após um longo período como colônia de Portugal, o Estado Brasileiro nasce com uma administração pública, caracterizada pela organização patrimonial, aquela referente aos tempos de monarquia, no qual não havia necessidade de separação entre o patrimônio do rei e o patrimônio público. Entretanto, com o advento do Estado Liberal, houve a necessidade de separar o que era do governo e o que era do povo, nesse período, ocorre a primeira reforma administrativa no país, que passa para a Administração Burocrática. Entretanto, com a instituição da Democracia, o Estado passa a ser responsável de gerar o bem comum por meio do atendimento adequado às necessidades da população. Dessa maneira, o Estado Burocrático não tem mais condições de atender às demandas, então ocorre uma segunda reforma na gestão pública, e chegamos ao Estado Gerencial.
STRUETT, M. A. M. Administração Voltada à Gestão Pública. Maringá: Unicesumar, 2019.
Mediante esse contexto, os Estados Burocrático e Gerencial possuem características muito específicas. Sobre suas diferenças, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Alternativa 1:
A administração burocrática prega o formalismo, a rigidez e o rigor técnico, além de se pautar na racionalidade absoluta dos administradores. Por outro lado, na administração gerencial, acredita-se que as ações são pautadas em interesses que podem afirmar posições ideológicas, além disso, preza-se pelos princípios da confiança e descentralização das decisões.
Alternativa 2:
Na administração gerencial, a confiança é completa, por isso, permite que o gestor público tenha liberdade para escolher os meios de atuação. Já na administração burocrática, não existe confiança no administrador público, pois são sempre passíveis de corrupção.
Alternativa 3:
Enquanto, na administração pública burocrática, o administrador público deve se preocupar em oferecer serviços e não gerir programas; na administração gerencial, concentra-se no processo, em suas próprias necessidades e perspectivas.
Alternativa 4:
O combate ao nepotismo e à corrupção para a administração gerencial é feito através de um controle rígido dos processos. E, na administração burocrática, também se acredita no controle rígido e no uso de indicadores de desempenho.
Alternativa 5:
Os poderes tanto na administração burocrática quanto na gerencial devem ser descentralizados, delegados, com atribuições e responsabilidades para escalões inferiores.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1
Explicação:
Resposta:
Alternativa 1
A administração burocrática prega o formalismo, a rigidez e o rigor técnico, além de se pautar na racionalidade absoluta dos administradores. Por outro lado, na administração gerencial, acredita-se que as ações são pautadas em interesses que podem afirmar posições ideológicas, além disso, preza-se pelos princípios da confiança e descentralização das decisões.
Explicação:
Erro alternativa 2 "confiança é completa"
Erro alternativa 3 "administração pública burocrática"
Erro alternativa 4 "feito através de um controle rígido dos processos."
Erro alternativa 5 "devem ser descentralizados, delegados, com atribuições e responsabilidades para escalões inferiores."
PAG 86 do Livro
Quadro 2 - Principais diferenças entre a Administração Pública Burocrática e a Administração Pública Gerencia
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA
I. É autorreferente e se concentra no processo, em suas próprias necessidades e perspectivas, sem considerar a alta ineficiência envolvida.
II. Acredita em uma racionalidade absoluta.
III. Assume que o modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção é
pelo controle rígido dos processos, com controle dos procedimentos.
IV. Não existe confiança.
V. É centralizadora e autoritária.
VI. Prega o formalismo, a rigidez e o rigor técnico.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL
I. É orientada para o cidadão, voltada para o consumidor, e se concentra nas necessidades e perspectivas desse consumidor, o cliente-cidadão.
O administrador público preocupa-se em oferecer serviços, e não gerir programas; visa atender aos cidadãos, e não às necessidades da burocracia.
II. Pensa na sociedade como um campo de conflito, cooperação e incerteza, na qual os cidadãos defendem seus interesses e afirmam suas posições ideológicas.
III. Parte do princípio que é preciso combater o nepotismo e a corrupção, mas que não são necessários procedimentos rígidos, e sim outros meios, como indicadores de desempenho, controle de resultados, entre outros.
IV. A confiança é limitada, permanentemente controlada por resultados, mas ainda assim é suficiente para permitir a delegação, para que o gestor público possa ter a liberdade de escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas prefixadas.
V. Prega a descentralização, com delegação de poderes, atribuições e responsabilidades para escalões inferiores.
VI. Preza os princípios de confiança e descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções e incentivos à criatividade e inovação.