Após o fim do Período Napoleônico, em Portugal ocorreu a Revolução do Porto. Foi uma revolução de caráter liberal e antiabsolutista. Ela estabeleceu uma Monarquia Constitucional para Portugal, exigiu o retorno do rei dom João VI para Portugal e exigiu o retorno de dom Pedro. É possível afirmar que com a Revolução do Porto...
A) a Família Real de Portugal decidiu ficar para sempre no Brasil.
B) teve início a Inconfidência Mineira, a Balaiada, a Cabanada, Sabinada e a Revolução Farroupilha.
C) Ocorreu uma tentativa de recolonizar o Brasil, que significaria o retorno do Pacto Colonial. Contudo os brasileiros pressionaram D. Pedro para ficar aqui e não aceitar as ordens de Portugal. O caminho conduziu à Independência do Brasil.
D) D. Pedro I cumpriu as exigências e retornou com o seu pai, D. João VI, para Portugal, e o Brasil se colocou no seu lugar: uma colônia.
E) Nunca aconteceu a Revolução do Porto.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A Revolução Liberal do Porto foi um movimento militar iniciado em agosto de 1820 na cidade do Porto, ao norte de Portugal, espalhando-se rapidamente para outras regiões do país até chegar à capital, Lisboa. Nesse caminho, conquistou o apoio da burguesia, do clero, da nobreza e do Exército - enfim, dos mais importantes estratos sociais portugueses.
Embora tenha se passado na Europa, a Revolução de 1820 está intimamente ligada aos rumos da história brasileira no século 19. Em 1820, Portugal se encontrava numa situação de crise econômica, política e social. Em primeiro lugar porque, desde 1808, a Família Real não estava mais na metrópole, e, sim, no Brasil, para onde tinha fugido da invasão das tropas francesas lideradas por Napoleão Bonaparte.
A transferência da Corte portuguesa para sua maior colônia trouxe novos desafios para o rei e profundas consequências para Portugal. A abertura dos portos brasileiros, por exemplo, pôs fim ao monopólio comercial português sobre o Brasil, que havia perdurado durante praticamente três séculos. Essa medida afetou a economia lusitana e, em especial, a burguesia comercial do país, favorável ao restabelecimento da ordem anterior.
A nobreza, por sua vez, havia perdido uma série de privilégios que possuía até então como integrante da Corte portuguesa - agora, não mais em Lisboa, mas, sim, no Rio de Janeiro. Quanto ao Exército, desde a transferência da Família Real para o Brasil, ficou sob o comando do marechal inglês Beresford, a quem dom João 6° confiou o governo português durante sua ausência. Enfim, o cenário em Portugal naquele momento parecia contrastar com a suposta prosperidade e importância do Brasil. Não é difícil, portanto, entender por que cada um desses setores acabou apoiando o movimento de 1820.