Aponte as influências sociológicas de Max Weber na obra de talcott Parsons identifique os aspectos que diferenciam da teoria weberiana
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Explicação:
Parsons foi um defensor da "Grande Teoria", uma tentativa de integrar todas as ciências sociais em um amplo trabalho teorético. Sua obra inicial - A Estrutura da Ação Social - reviu a produção de seus grandes predecessores, especialmente Max Weber, Vilfredo Pareto e Émile Durkheim, buscando a partir deles uma simplificada teoria da ação baseada na suposição de que a ação humana é voluntária, intencional e simbólica. Depois, envolveu-se com várias áreas: da Sociologia Médica até Antropologia, pequenas dinâmicas de grupo (trabalhando extensivamente com Robert Freed Bales, relações de competição e depois economia e educação.
Parsons desenvolveu suas ideias durante um período em que Teoria dos Sistemas e Cibernética estavam na linha de frente da ciência social e comportamental. Pensando sobre o uso de sistemas, postulou que os sistemas relevantes tratados na ciência social e comportamental eram "abertos", significando que eles estariam embutidos em um ambiente consistido de outros sistemas. O maior sistema é o "sistema da ação", consistindo em comportamentos humanos inter-relacionados, embutidos em um ambiente físico-orgânico.
O procedimento adotado por ele para analisar esse sistema e seus subsistemas é o chamado "Paradigma AGIL". Para sobreviver ou manter um equilíbrio respeitoso com o seu ambiente, um sistema deve se adaptar ao ambiente, atingir seus objetivos, integrar seus componentes e manter seu modelo latente. Esses são os imperativos funcionais do sistema.
Parsons elaborou a ideia de que cada um desses sistemas também desenvolveu alguns mecanismos simbólicos especializados de interação análogos ao dinheiro na economia. Vários processos de "intercâmbio" entre os subsistemas do sistema social foram postulados.
As análises mais elaboradas de Parsons sobre análises de sistemas funcionais usando o paradigma AGIL aparecem nos livros Economia e Sociedade e A Universidade Americana.
Parsons contribuiu para o campo do Evolucionismo Social e Neoevolucionismo. Ele dividiu a evolução em quatro subprocessos: 1)diferenciação, que cria subsistemas funcionais a partir do sistema principal, como discutido acima.
2)adaptação, quando esses sistemas evoluem para versões mais eficientes. 3)inclusão de elementos previamente excluídos dos sistemas dados. 4)generalização de valores, aumentando a legitimidade do sistema mais complexo.
Parsons explorou esses subprocessos em três estágios da evolução: 1)primitivo; 2)arcaico;
3)moderno. Sociedades arcaicas já teriam o conhecimento da escrita e sociedades modernas já teriam o conhecimento da lei. Parsons via a civilização ocidental como o pináculo das sociedades modernas, e de todas as culturas ocidentais, ele declarou os Estados Unidos como os mais desenvolvidos. Por isso, ele foi acusado de ser um etnocentrista.
Os últimos trabalhos de Parsons focalizaram-se em uma nova síntese teórica em torno de quatro funções comuns a todos os sistemas de ação - do comportamental ao cultural, e a possibilidade de comunicação entre eles. Sua tentativa de estruturar todo o mundo da ação social em apenas quatro conceitos foi demais para muitos sociólogos americanos, que estavam saindo das grandes pretensões dos anos 60 para adotar uma abordagem mais empírica. Isso levou a influência de Parsons a rapidamente desaparecer dos EUA de depois de 1970. Seu filho Charles Parsons é uma destacada figura na filosofia e na matemática.
Talvez, as mais notáveis contribuições teóricas de Parsons tenham sido as "variáveis de modelo"(Pattern Variables), o "paradigma AGIL" (The AGIL Paradigm) e o "Ato de unidade"(Unit Act).
Parsons influenciou Niklas Luhmann, sociólogo alemão, autor da "teoria dos sistemas autopoiéticos" (Autopoietic Systems Theory)
Alguns exemplos de sociedades expressivas poderiam incluir famílias, igrejas, clubes, torcidas e grupos sociais menores. Seriam exemplos de sociedades instrumentais os mercados, os agregados e as burocracias.