Pedagogia, perguntado por karinaquerida2012, 9 meses atrás



Ao longo da história, o conceito de alfabetização foi sendo identificado como ensino aprendizagem do sistema alfabético de escrita; ou seja, na leitura a capacidade de decodificar os sinais gráficos transformando-os em sons, e na escrita, a capacidade de codificar os sons da fala e transformá-los em sinais gráficos.
Kleiman (2008) em suas proposições para a Educação de Jovens e Adultos entende que, “o letramento é, hoje, uma das condições necessárias para a realização do cidadão: ele o insere num circuito extremamente rico de informações sem as quais ele nem poderia exercer livre e conscientemente sua vontade”.
Para Freire (1989), o processo de alfabetização está longe de ser uma repetição mecânica dos signos linguísticos, nem a memorização de meros símbolos. Para o autor, o processo de alfabetização é um ato político em que sujeito está envolvido na difícil tarefa de nomear o mundo. É nesse sentido que aprender a ler e escrever envolve reflexão e ação sobre a realidade na qual os sujeitos encontram-se inseridos. Freire defendia a ideia de que a leitura de mundo precede a leitura da palavra, pois para ele a alfabetização vai muito além do aprendizado das letras.
Prezado (a) acadêmico (a),
Considerando os conceitos de alfabetização e de letramento postos nesta questão e estudados no livro da disciplina e nas videoaulas, o que Freire afirma a respeito da alfabetização, poderíamos inferir que o educador Paulo Freire foi um precursor do letramento, no Brasil?

Soluções para a tarefa

Respondido por henriquec1001
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Sim, Paulo Freire  foi um precursor do letramento, no Brasil.

 A alfabetização e letramento podem sim andar separados, mas para consolidação do ensino e aprendizagem eles tem que caminhar juntos.

O letramento compreende ao processo de leitura e escrita fazendo relação as práticas sociais, enquanto a alfabetização é um tempo na vida escolar onde os alunos aprendem a ler e escrever.

Elas podem ser vistas como complementares, pois a relação com situações práticas fixas o assunto, fazendo com que os alunos aprendam os conteúdos de maneira natural.

Bons estudos!

Respondido por Gleicisouza
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Resposta:

QUESTÃO A

Sim, Paulo Freire pode ser considerado como um dos precursores do letramento no Brasil, pelo fato de que todas as suas teorias defendiam a utilização social de todos os conhecimentos aprendidos durante o processo de alfabetização. Para ele, o educando adulto é tratado como sujeito do próprio conhecimento e não como objeto a ser modelado. Entende que o jovem e o adulto são portadores de um conhecimento que se fundamenta na sua cultura, nas suas experiências. Freire jamais concordou com práticas educacionais que transmitissem aos sujeitos um saber já construído. Ele acreditava que o ato de educar devesse contemplar o pensar e o concluir, contrapondo a simples reprodução de ideias impostas. Para realização de seu trabalho, o educador deveria saber ouvir o educando em suas experiências e através delas elaborar seu roteiro de ação, apresentando materiais que dessem sentido para a vida dos alfabetizando, proporcionando a eles ricos momentos de reflexão.  O objetivo da alfabetização de adultos é promover a conscientização acerca dos problemas cotidianos, a compreensão do mundo e o conhecimento da realidade social.

Explicação:

Questão B

A prática da professora Maria não respeita o alfabetizando adulto que traz consigo muitas experiências de vida. Já a professora Ana consegue usar os conhecimentos dos alunos adultos em sua prática pedagógica. Com isso eles compreendem como o conhecimento da sala de aula é levado e aplicado no seu dia-a-dia. Eu como professora de alunos adultos optaria pela proposta pedagógica da professora Ana. É preciso observar e proporcionar aos educandos a leitura de diversos textos com assuntos diferentes e então descobrir quais são os temas que mais atraem esses leitores. A descoberta do assunto que mais aproxima os leitores vai depender da realidade em que estão inseridos, do seu contexto social e faixa etária. O bom professor interage com os adultos de forma que todos participem e expressem suas idéias, suas experiências e dificuldades tanto na leitura como na escrita. O olhar do professor nas práticas de leitura e escrita na Educação de Jovens e Adultos (EJA) precisa ter direcionamento, pois nesta modalidade os alunos têm uma vasta experiência de vida que não pode ser ignorada. Eles estão buscando mais conhecimento para desenvolverem a sua cidadania e esse conhecimento precisa ser impulsionado de forma correta.

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