Antonio Lopes Ribeiro, no artigo “A relação entre cultura e religião,” explica o processo dialético do fenômeno social em relação ao processo de socialização a partir dos conceitos de exteriorização, objetivação e interiorização. De modo resumido, ele pontua que a exteriorização se dá na contínua efusão do ser humano na sociedade, seja na atividade física ou mental. Já a objetivação assinala que os produtos da atividade física e mental do ser humano, frutos da exteriorização, uma vez concretizados, tornam-se uma realidade objetivada. E, por fim, a interiorização indica que a reapropriação da realidade por parte dos indivíduos, transformando-a novamente de estruturas do mundo objetivo em estruturas da consciência subjetiva. Os três conceitos usados por Ribeiro foram elaborados por qual sociólogo: a. Anthony Giddens b. Karl Mannheim c. Max Weber d. Peter Berger e. Pierre Bourdieu
Soluções para a tarefa
Resposta:
D. Peter Berguer
Explicação:
4.1 O PROCESSO DIALÉTICO DO FENÔMENO SOCIAL
O processo dialético do fenômeno social se dá em três momentos, ou passos, conforme explica Berger (1985, p. 16): Exteriorização, objetivação e interiorização. Uma visão adequadamente empírica da sociedade somente poderá ser mantida se entender esses três momentos em conjunto. Por meio da exteriorização, a sociedade se torna um produto humano; através da objetivação, a sociedade se torna uma realidade sui generis a interagir sobre o homem; por fim, através da interiorização, o homem se define como um produto da sociedade.
A exteriorização se dá na contínua efusão do ser humano na sociedade, seja na atividade física ou mental. O homem tem uma necessidade natural de se exteriorizar. Só pode ser concebido como contínua efusão de si mesmo sobre o mundo no qual se encontra. Ao exteriorizar-se ele constrói o mundo objetivado. Porém, não o constrói sozinho, pois esta é uma atividade inevitavelmente coletiva, uma realidade empírica sempre social. A sociedade é, portanto, um produto humano, radicado no fenômeno (ou processo) de exteriorização, que por lado se fundamenta na própria constituição biológica do homem (BERGER, 1985, p. 15-22).
Da exteriorização, passa-se ao segundo momento, que é o da objetivação. Os produtos da atividade física e mental do ser humano, frutos da exteriorização, uma vez concretizados, tornam-se uma realidade objetivada, ou seja, ganhar status de autonomia em relação aos seus produtores originais, tornando-se uma realidade a se defrontar com eles, como facticidade que lhes é exterior e distinta. Segundo Berger (1985, p. 22), assim que se começa a falar de produtos exteriorizados, supõe-se “que estes últimos atingem um grau de distinção em relação àquele que os produz”. Uma vez produzido, esse mundo objetivado permanece, independente da vontade de quem o produziu. Isto é, “o mundo humanamente produzido atinge o caráter de realidade objetiva”. Em ato ambíguo, por exemplo, “o homem produz valores e verifica que se sente culpado quando os transgride. O homem forja instituições, que o enfrentam como estruturas controladoras e intimidatórias do mundo externo” (BERGER, 1985, p. 22-23). Este é o teste final da realidade objetiva da sociedade, isto é, seu poder coercitivo em relação aos indivíduos que a produz. Aquilo que no ato de exteriorização o homem produz, passa a retroagir sobre ele. Essa objetividade coercitiva, que caracteriza toda a sociedade como um todo e está presente em todas as instituições sociais, inclusive aquelas fundadas em consenso, podem ser mais bem visibilizadas “nas suas medidas de controle social, isto é, naquelas medidas especificamente destinadas a ‘por na linha’ os indivíduos ou grupos recalcitrantes” (BERGER, 1985, p. 24-25).
No último momento desse processo dialético do fenômeno social temos a interiorização, que nada mais é que a reapropriação da “realidade por parte dos homens, transformando-a novamente de estruturas do mundo objetivo em estruturas da consciência subjetiva” (BERGER, 1985, p. 16). Nessa reabsorção do mundo objetivado na consciência, a sociedade passa a funcionar como ação formativa da consciência individual. À medida que ocorre a interiorização, o indivíduo vai apreendendo diversos elementos do mundo objetivado “como fenômenos internos de sua consciência ao mesmo tempo em que os apreende como fenômenos da realidade exterior” (BERGER, 1985, p. 28).
Os três conceitos usados por Ribeiro foram elaborado pelo sociólogo: Peter Berger - letra d).
Vamos aos dados/resoluções:
Peter Berger que foi escritor de vários livros, sociólogo sofreu bastante indiferença por vários pensadores brasileiros (até porque sua ideologia como protestante, liberal e ter sido ex-assesor do ex-presidente Nixon).
Além de que possuía uma perspectiva teórica geral derivada da sociologia e do conhecimento ao fenômeno da religião, que foi divida pelo próprio como: Sistemática e Histórica.
E com isso ele acabou afirmando que a sociedade pode ser sim montada com os conceitos que ele previa, porque quanto mais "exterior" o homem for, mais ele conseguirá estar na sociedade.
Para saber mais sobre o assunto:
https://brainly.com.br/tarefa/11419587
Espero ter ajudado nos estudos e bebam água :)
