Português, perguntado por nicollem18, 9 meses atrás

analisando os conceitos acima, em sua opinião, o que é uma família. no minimo 20 linhas

Soluções para a tarefa

Respondido por dc6354827
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Resposta: Família; Conceito; Atualidade.

A família como uma instituição social, tem passado por mudanças aceleradas em sua estrutura, organização e função de seus membros a partir da segunda metade do século XX. Ao modelo tradicional somam-se muitos outros e não é possível afirmar se são melhores ou piores, apenas considerados diferentes.

Podemos perceber que do início do século XIX até os dias de hoje houveram grandes modificações na instituição família. A sociedade moderna caracteriza-se por grandes mudanças nos campos da economia, da política e da cultura, afetando significativamente todos os aspectos da existência pessoal e social.

Tais mudanças repercutem fortemente na vida familiar, desde o modelo de formação até o provedor do sustento, entre outros aspectos.

O presente estudo vai ressaltar essas mudanças sociais e culturais que caracterizam a sociedade moderna, as relações familiares e os tipos de formação das famílias atuais as quais são totalmente diferentes e mais diversificadas que as famílias de antigamente.

A família dos dias atuais possui como premissas: o afeto e a dignidade da pessoa humana, e vai além de um meio familiar constituído pelo casamento e unido pela herança genética, agora, são os laços afetivos que determinam as relações familiares. A ideia da família pós-moderna é ampliativa, ou seja, a família que se assemelha ao modelo anterior, estruturalmente, não deixou de durar e muito menos deixou de ser protegida, na realidade,ela passou a coexistir com os diversos modelos familiares, dessa maneira reafirma Farias e Rosenvald (2012, p. 63):

Com o passar dos tempos, porém, o conceito de família mudou significativamente até que, nos dias de hoje, assume uma concepção múltipla de família, plural, podendo dizer respeito a um ou mais indivíduos, ligados por traços biológicos ou sócio-psico afetivos, com intenção de estabelecer, eticamente, o desenvolvimento da personalidade de cada um.

Posto isto, a família é encarada pelo viés instrumental, passa a ser meio de realização pessoal de seus integrantes, o conceito da família passa a ser o indivíduo, desse modo contextualizam Gagliano e Pamplona Filho (2014, p. 63):

Enquanto base da sociedade, a família, hoje, tem a função de permitir, em uma visão filosófica-eudemonista, a cada um dos seus membros, a realização dos seus projetos pessoais de vida. [...] Hoje, no momento em que se reconhece à família, em nível constitucional, a função social de realização existencial do indivíduo, pode-se compreender o porquê de a admitirmos efetivamente como base de uma sociedade que, ao menos em tese, se propõe a constituir um Estado Democrático de Direito calcado no princípio da dignidade da pessoa humana. [...] A família deve existir em função dos seus membros, e não o contrário.

Nesse aspecto, também, destaca-se o primor da afetividade nas relações familiares, explica Schreiber (2013, p. 226):

A família deixou, assim, de ser uma instituição protegida em si mesma, independentemente da felicidade dos seus membros, para se converter em lócus (lugar) para o desenvolvimento das suas personalidades. Como destaca GustavoTepedino, “a milenar proteção da família como instituição, unidade de produção era produção dos valores culturais, éticos, religiosos e econômicos, dá lugar à tutela essencialmente funcionalizada à dignidade dos seus membros”. O enfoque da proteção desloca-se da família em si mesma para cada um dos seus integrantes, reconhecendo-se que a instituição familiar não pode ser protegida como algo superior aos desígnios dos seus membros, mas consiste, ao contrário, em instrumento da realização da felicidade de cada um deles. Tem-se aí um novo aspecto funcional: “a realização pessoal da afetividade, no ambiente de convivência solidariedade, é a função básica da família de nossa época”.

Abrange as lições dos supracitados autores, que a instituição familiar desempenha o papel de consentir a todos os indivíduos que a compõem a sua realização. Ela passa a ser o meio de possibilidades, de recurso para a conquista de sonhos, projetos de vida, de progresso humano e existencial, é o contexto da valorização do ser humano e de sua dignidade.

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