Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.
Quanto ao estudo da morfologia, especificamente das classes de palavras, podemos afirmar que:
As duas palavras em destaque possuem a mesma classificação morfológica, ou seja, ambas são artigos indefinidos.
Em "um defunto autor", "um" é numeral cardinal, uma vez que o destaque é para registrar o autor como apenas mais um defunto, um morto.
Em "um autor defunto", "um" é um artigo definido, porque Machado de Assis é realmente um autor que faleceu, por isso um autor defunto.
As duas palavras em destaque no texto possuem a mesma classificação morfológica, ou seja, ambas são numerais.
As duas palavras em destaque possuem a mesma classificação morfológica, ou seja, ambas são artigos definidos.
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Alternativa A.
Nos trechos "um autor defunto" e "um defunto autor", os termos destacados, nos dois casos, são artigos indefinidos.
Há muita dúvida se "um" é artigo indefinido ou numeral.
Acontece que há algumas estratégias para se descobrir se "um" é numeral ou não.
Só é numeral se:
> Admitir o acréscimo de "só", "apenas", "único" (ex.: "um só coração", "apenas um homem")
> Poder ser substituído por “dois”, “três”, “quatro”... (ex.: "comprei um casaco" / "comprei dois casacos")
É artigo indefinido se:
> Ter por plural “uns” (ex.: "conheci um rapaz" / "conheci uns rapazes")
> Sua contraparte é o adjetivo “outro” (ex.: "um quer ir à praia, o outro quer ir ao cinema")
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