Português, perguntado por elanenascimentomarti, 6 meses atrás

Alguém pode fazer uma redação pra mim sobre MIGRAÇÃO FORÇADA?

Preciso pra entregar amanhã

Soluções para a tarefa

Respondido por nxxnda
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Em um mesmo ano, mais de 31,1 milhões de pessoas, em 125 países, deixaram forçadamente seus lares para outros lugares no mesmo território nacional, de acordo com levantamento referente a 2016 do Centro de Monitoramento de Deslocamentos Internos (IDMC, na sigla em inglês), com sede na Noruega. Esse movimento, conhecido como migração involuntária, é definido pela retirada definitiva ou temporária de indivíduos, famílias e/ou comunidades, contra sua vontade, das casas e/ou da terra que ocupam.

Segundo o IDMC, as motivações para a migração involuntária podem ser variadas: desde obras públicas ou privadas de infraestrutura e urbanização até situações de vulnerabilidade social, conflitos e violência, passando por acidentes e desastres ambientais.

No Brasil, levantamento do Observatório de Migrações Forçadas (plataforma digital que acompanha a distribuição dos deslocados no país) divulgado em 2018 aponta que, dos 8,8 milhões de deslocamentos forçados estimados entre 2010 e 2017, 6,42 milhões (73%) foram motivados por desastres – enquanto 1,29 milhão decorreu de projetos de infraestrutura (hidrelétricas, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, complexos esportivos) e urbanização (saneamento, contenção de encostas etc.).

Existem ainda, no país, fatores atrelados à violência de conflitos por terra, de gangues e milícias, de forças policiais – cuja contabilidade é imprecisa –, além dos estrangeiros em condição de refúgio, grupo estimado pelo Instituto Igarapé, ONG que mantém o Observatório de Migrações Forçadas, em 10 mil pessoas já reconhecidas no território nacional (saiba mais nesta entrevista com Robert Muggah, co-fundador do Instituto Igarapé).

A migração involuntária é uma realidade em todo o mundo, mas ocorre com maior frequência em regiões com índices mais elevados de pobreza e desigualdade social. Sejam quais forem os motivos que desencadeiam o movimento, há um fator determinante para a forma como o processo de reassentamento deve ser realizado: se o deslocamento parte de um cronograma previamente estabelecido ou de um evento não programado.

“A gente diz que o reassentamento é involuntário porque as pessoas não estavam se programando para a saída daquele espaço. Mas quando (o motivo do deslocamento) é programado e negociado as pessoas começam a se planejar e a entender o impacto que vão sofrer”, explica a assistente social especialista em mediação de conflitos Ana Carolina Gonçalves, líder de Diálogo da Fundação Renova em Mariana (MG).

Há casos em que, no período entre a saída das casas e o assentamento definitivo em outro lugar, é possível fazer um planejamento. São aqueles que envolvem remoções para obras de infraestrutura e urbanização e, algumas vezes, quando se mapeia antecipadamente a ocorrência de risco de deslizamentos, inundações e outras vulnerabilidades sociais.

Nessas situações, as equipes envolvidas na mediação conseguem fazer o que Ana Carolina chama de “trabalho de preparação” com a família. “Isso inclui procurar a casa e analisar o território novo, saber onde as pessoas vão dormir, onde vão pegar ônibus para trabalhar e onde será a escola nova da criança, levar a criança para conhecer a escola antes mesmo de a família se mudar. É ir no posto de saúde, na pracinha, no supermercado”, exemplifica.


elanenascimentomarti: Obrigado!!
nxxnda: s2
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