Português, perguntado por Luana12901, 1 ano atrás

alguem aqui pode fazer a uma resenha crítica de juca pirama de gonsalve dias pra mim pf? ME AJUDEM POR favor E PARA AMANHA!!!

Soluções para a tarefa

Respondido por karenbis
19

O
poema I - Juca Pirama possui 484
versos divididos em 10 cantos. O título do poema é tirado da língua tupi e
significa “aquele que vai ser morto.” O poema descreve o drama vivido por um
índio tupi, sobrevivente de sua tribo, que é capturado pelos timbiras e deve
ser morto em um ritual. Porém, deve antes relatar suas façanhas, para provar
que é digno de ser sacrificado.

O
tupi revela que deixou sozinho o pai velho e cego, pedindo para ser libertado a
fim de cuidar dele, que não deve tardar a morrer. Promete voltar a ser
prisioneiro depois que o pai morrer. O cacique timbira consente em libertá-lo,
mas sem a promessa de voltar por não querer “com carne vil enfraquecer os
fortes”.
Liberto,
o guerreiro tupi volta ao local onde deixara o pai. Pelo cheiro das tintas no
corpo do filho, o pai percebe que ele fora preso e libertado, o que contraria a
ética indígena. Com indignação, o pai exige que voltem ambos à tribo dos
timbiras.
I - Juca Pirama está disponível para download, confira.


Chegando lá, o filho é amaldiçoado pelo pai,
pois teria chorado em presença dos inimigos, desonrando os tupis. Para provar
sua coragem, o filho se lança em combate contra toda a tribo timbira. O barulho
da disputa faz o pai perceber que o filho lutava bravamente. O chefe timbira,
então, pede-lhe que pare, pois já tinha provado seu valor. Pai e filho se
abraçam, reconciliados, pois a honra tupi fora restaurada. A história é contada
por um velho índio timbira, como uma recordação.
CONTEXTO
Sobre o
autor

Gonçalves Dias foi um importante poeta do
romantismo brasileiro. Estudante de Direito em Portugual, Dias escreveu o
famoso “Canção do Exílio” influenciado pela saudade que sentia do Brasil. O
sentimento nacionalista, inclusive, era uma marca da sua escrita. A visão
indianista também estava presente na sua obra, que costumava idealizar o índio.
I-Juca Pirama é uma obra que pode ser
inserida nesse estilo.
Importância do livro
I – Juca Pirama
é um marco da poesia indianista no romantismo brasileiro. O indianismo, na
poesia romântica, é a afirmação da nacionalidade e coloca o índio como heroi.
Publicado em 1851 no livro Últimos Cantos,
é considerado a obra-prima do autor pela excelência tanto da forma quanto do
conteúdo.


Período
histórico
O
Romantismo teve início na 1ª metade do século XIX e foi um movimento literário
marcado por três gerações com características específicas. Gonçalves Dias foi
um dos principais representantes do indianismo da 1ª geração, o autor exaltava
as qualidades nacionais.
ANÁLISE
Embora
possa ser considerado um poema narrativo por ter uma história com começo, meio
e fim, I-Juca Pirama tem no lirismo o
seu ponto forte. A musicalidade está presente, alternado versos curtos e longos
com rimas que ajudam a dar ao poema o ritmo da aventura narrada. A métrica
também é variada ao longo da obra, o que reforça essa ideia de alternância.


PERSONAGENS


I – Juca Pirama: índio que segue as
tradições, defendendo a honra de seu povo e do seu pai.




Pai de Juca Pirama: um homem cego e
velho, fiel às tradições do povo tupi. Exige que o filho volte para a aldeia
dos timbiras e honre os tupis.





Velho índio timbira: o narrador da
história, é quem conta a história de I – Juca Pirama como um lenda.


Um dos
temas centrais do romantismo é a busca das origens da nacionalidade. No caso
brasileiro, os autores foram buscar essa referência nos povos indígenas. Seus
valores e códigos de honra foram exaltados. Como vemos no poema, a história do
guerreiro tupi torna-se uma lenda, recordada muitos anos depois por um velho
timbira. Tanto tupis quanto timbiras só têm bons sentimentos: honra, bravura,
amor filial, piedade. Não somente a honra pessoal, mas a honra de um povo, de
uma nação, ainda que praticamente dizimada. O índio tupi sacrifica
conscientemente a própria vida para que o povo tupi seja lembrado como um povo
de bravura incontestável.


A idealização construída não permite que valores
contrastantes com a civilização do século XIX, como por exemplo o canibalismo,
influenciem negativamente nessa visão idealizada. Fica implícito que mesmo
depois de toda a conciliação, o guerreiro tupi foi realmente submetido ao
ritual do sacrifício, o que parece natural aos olhos do poeta, mas certamente
muito estranho aos nossos. Devemos, portanto, ler o poema levando em
consideração o contexto cultural da época em que foi escrito e as tradições
indígenas.
AUTOR


Gonçalves Dias
10 de Agosto de 1823

03 de Novembro de 1864 (41 anos)

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