ENEM, perguntado por juuhlopez375, 9 meses atrás

Abriu a porta de casa. A sala era grande, quadrada, as maçanetasbrilhavam limpas, os vidros da janela brilhavam, a lâmpadabrilhava - que nova terra era essa? E por um instante a vida sadiaque levara até agora pareceu-lhe um modo moralmente louco deviver. O menino que se aproximou correndo era um ser de pernascompridas e rosto igual ao seu, que corria e a abraçava. Apertou-o com força, com espanto. Protegia-se trêmula. Porque a vida erapericlitante. Ela amava o mundo, amava o que fora criado - amavacom nojo. Do mesmo modo como sempre fora fascinada pelasostras, com aquele vago sentimento de asco que a aproximaçãoda verdade lhe provocava, avisando-a. Abraçou o filho, quase aponto de machucá-lo. Como se soubesse de um mal - o cego ou obelo Jardim Botânico? - agarrava-se a ele, a quem queria acimade tudo. Fora atingida pelo demônio da fé. A vida é horrível, disse-lhe baixo, faminta. O que faria se seguisse o chamado do cego?Iria sozinha... (LISPECTOR, C., Amor in Laços de Família.)Os textos são complexas redes, tecidas de significantes esignificados, às quais se atam os nós da coesão. Considerando otrecho acima, a respeito dos elementos chamados coesivos, épossível afirmar quea) a ausência de conjunção unindo os dois primeiros períodos doexcerto acima serviria como prova de que não existe coesão entreeles.b) o paralelismo sintático em "O menino que se aproximoucorrendo" seria corrigido substituindo "que se aproximou" por "seaproximando".c) a subordinada adverbial "Porque a vida era periclitante" poderiaser lida como causa tanto do seu período anterior quanto doposterior.d) o pronome "ele", em "agarrava-se a ele",retomaria anaforicamente o substantivo "mal", da oração "Como sesoubesse de um mal".e) o sujeito elíptico do verbo "Fora", em "Fora atingidapelo demônio da fé", anteciparia cataforicamente a "vida", em "Avida é horrível".

Soluções para a tarefa

Respondido por LarissaMoura3
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a) a ausência de conjunção unindo os dois primeiros períodos do excerto acima serviria como prova de que não existe coesão entre eles.

Considerando o trecho disponibilizado na questão, temos que ocorre uma ausência de conjunção que realiza a união dos dois primeiros períodos do excerto, que serve de prova de que não existe coesão entre os mesmos.

O paralelismo sintático consiste em uma sequência de estruturas sintáticas, como, por exemplo, termos e orações, que se assemelham ou apresentam valor igual. Em que a utilização de estruturas com tal simetria resulta em maior clareza.

Bons estudos!

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