História, perguntado por julieneestefani85, 2 meses atrás

A volta da familia real para portugal (30 linhas)

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Respondido por vanillacezer4405
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Resposta:

A volta de D. João à Portugal ocorreu em 1821, como consequência direta da Revolução do Porto de 1820 e da convocação das Cortes, que idealizavam o retorno da família real e da Corte portuguesa, esta última entendida como o conjunto de órgãos públicos responsáveis pela administração do Estado. Aquietados os ânimos com a expulsão dos franceses de Portugal e seus sucessivos reveses militares, iniciaram-se os pedidos pela volta da família real e de toda a Corte para a Europa.

A situação em que ficara a antiga metrópole e o sentimento de orfandade dos súditos pela ausência do monarca e pela situação de dependência em relação a decisões tomadas no Brasil eram extremamente perigosos e exigiam providências. Isso não passava despercebido pelos ingleses, como registrava D. Rodrigo de Sousa Coutinho, e estes não se furtavam a oferecer conselhos.

O agravamento da situação de descontentamento era também percebido por colaboradores mais próximos a D. João, como é o caso de Tomas Antonio de Vila-Nova Portugal, que pouco antes do movimento revolucionário do Porto escreveu ao rei sugerindo ações face ao descontentamento crescente em Portugal.

O estouro da Revolução de 1820 colocava na ordem do dia esse retorno. Logo chegam ao Rio de Janeiro notícias dos eventos e seus desdobramentos. Por mais que algumas dessas novas afirmassem que a tropa, o clero e as autoridades do Porto haviam jurado apoio a D. João, o clima nos palácios cariocas era de inquietação e, diante dos reclamos pela instauração das Cortes, lembrava-se a tradição de que só o rei podia convocá-las. Entretanto, a repercussão das notícias foi diferente entre outras plateias do Brasil, e se o movimento revolucionário foi visto por alguns como a regeneração da nação portuguesa, havia quem discutisse se de fato o monarca devia ou não retornar.

Nota-se claramente uma preocupação no sentido de que a volta da família real, imposta pelas Cortes portuguesas, fosse feita de maneira diferente da apressada vinda para o Brasil. Nesse sentido, houve toda uma preparação por parte dos auxiliares de D. João para que seu retorno não fosse marcado pela submissão às circunstâncias bem como da parte das Cortes também houve cuidados nesse sentido. A solenidade da chegada é retratada na iconografia e o retorno do rei é visto como um novo vigor à nação, como fica evidente no título da obra impressa em Lisboa em 1821: "Portugal convalescido pelo prazer que presentemente disfruta na desejada, e feliz vinda do seu amabilíssimo monarcha o Sr. D. João VI. e da sua augusta família". Há também uma intensa troca de correspondência entre D. João e D. Pedro, ao mesmo tempo, pai / filho e soberano / súdito, em que notícias familiares, como o nascimento de uma neta, são seguidas por reflexões sobre os acontecimentos políticos de um lado e outro do Atlântico e conselhos sobre a maneira de proceder do regente no Brasil.

É interessante também observar que tal correspondência perde o caráter privado e assume uma relevância pública, de interesse dos cidadãos, como comprovam as diversas edições que delas são feitas.

A ligação entre pai e filho, que foram mais tarde reis de nações diversas, é marcada até pela confusão entre seus retratos, como exemplificado por um em que D. Pedro é representado com as feições características de seu pai. Existem ainda discussões a respeito da relação entre Portugal e Brasil na nova fase constitucional da monarquia luso-brasileira, que se arrastavam antes e prosseguiriam depois da independência, e os esforços do monarca em conciliar os ânimos.

Por fim, a morte de D. João, em 1826, encerra o período retratado nesta exposição virtual. Seus diferentes retratos são aqui exibidos, proporcionando um panorama das diversas representações artísticas do soberano ao longo do tempo.


julieneestefani85: Obrigada
vanillacezer4405: de nada :)
Respondido por lara8958622
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Resposta:Vamos lá:

Enquanto os tempos difíceis em Portugal afligiam corações e mentes de seus habitantes, do outro lado das águas atlânticas, no Rio de Janeiro, a “calma reinante era parte de um cenário frágil”, no entender da antropóloga Lilia Moritz Schwarcz. Havia grupos que desejavam a permanência do rei na cidade, garantindo todas as vantagens adquiridas desde 1808 (e que não eram poucas). Mas havia, também, quem temesse a libertação dos escravos – movimento que já acontecia em algumas partes do mundo –, pois isso poderia dimimuir seus lucros e suas vantagens.Naquele ano agitado de 1820, repleto de interrogações, a chegada de notícias vindas de Portugal era sinal de confusão na cidade. A discussão tomava conta das ruas, em posições contrárias ou favoráveis, que pareciam não ter fim. O que se tramava? O que teria conserto? O que seria certeza? E o que seria incerteza? O que iria acontecer?Após inúmeras dúvidas e hesitações, pressionado, desejando preservar o regime, a sua dinastia e a manutenção da união dos reinos europeus e americano, D. João VI (1767-1826) regressou a Portugal no dia 26 de abril de 1821. Mas deixou no Brasil, na frágil calmaria do Rio de Janeiro, o príncipe D. Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon (1798-1834), herdeiro do trono. Essa atitude do monarca demonstrava a intenção de contentar aqueles que se opunham ao retorno da família real para Portugal. A cidade do Rio de Janeiro, naquele momento, não tinha mais um rei.

Explicação:Espero ter ajudado,se poder marcar como melhor resposta eu agradeço ( ˘ ³˘)♥

Anexos:

julieneestefani85: Obrigadaaa
lara8958622: De nada
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