A violência mora ao lado
Vivemos na cultura da violência, e tal fato afeta profundamente a formação dos mais novos. Todos
os pais tomam medidas que miram à segurança dos filhos e transmitem, nas entrelinhas, lições nem sempre
benéficas sobre a vida em comum. Muitos, por exemplo, não permitem que os filhos andem ou usem
transporte público até a escola. Do mesmo modo, só deixam que eles frequentem locais que consideram
seguros, como clubes, festas em casa de colegas, shoppings etc.
O que os mais novos aprendem com isso? Que as pessoas que frequentam esses locais são ou
ameaçadoras, no caso dos impedimentos, ou amigáveis, no caso das autorizações. Pois um acontecimento
que envolveu um grupo de adolescentes de classe média é exemplar para mostrar os equívocos cometidos
com boas intenções -como quase sempre, é claro.
Um grupo de amigos, todos por volta dos 14 anos, encontrou-se num shopping de uma região nobre
da cidade. Muitos pais autorizam que seus filhos façam tal programa por achar que lá eles estão seguros. Por
quê? Porque os shoppings têm um serviço de segurança e porque os frequentadores costumam ter o mesmo
estilo de vida, pois pertencem ao mesmo grupo social. Grande engano.
Em certo momento, o grupo foi abordado por outro grupo composto por jovens um pouco mais
velhos. No confronto público, garotas e garotos foram humilhados, agredidos moral e fisicamente e
obrigados a fazer coisas que não queriam.
O confronto tinha o objetivo de criar uma hierarquia social pelo uso da violência, ou seja, identificar
quais eram os fortes e os fracos entre os que compartilhavam o mesmo espaço público. E atenção para um
detalhe sério: muitos adultos estavam no entorno e nenhum deles tomou uma única atitude.
Que reflexões esse lamentável caso pode provocar? De largada, que a violência está tão banalizada
que nem sempre percebemos que ela está instalada também no grupo social que frequentamos e inclusive
em nosso próprio comportamento. É a isso que chamamos cultura da violência, e cada um de nós tem suas
responsabilidades em relação a ela.
Precisamos considerar, na educação familiar e na escolar, a importância da valorização da paz. Aliás,
educar para a cidadania e para a paz são expressões muito utilizadas por pais e por educadores profissionais,
mas carecem de sentido na prática. Se hoje temos crianças e jovens que praticam violências cotidianamente
é porque temos falhado nesse tipo de educação.
A educação para a cidadania começa com alguns valores: os de justiça, solidariedade e respeito; a
negociação pacífica de conflitos também deve ter lugar de realce. A escola do seu filho contempla, na
prática cotidiana, essas questões? E na família, como agimos em relação a elas? Precisamos lembrar que é
participando da vida familiar e escolar que os mais novos apreendem os princípios que norteiam nossa
prática de vida. E é por isso que repetem, a seu modo, certos comportamentos aprendidos ou não contidos.
Por Rosely Sayão
1°) A autora desenvolve argumentos no sexto e sétimo parágrafo, tentando alertar as pessoas e, em especial, os pais em relação ao aumento da violência:
A-) O que representa para ela a "Cultura da Violência"?
B-) Por que a argumentação se torna mais persuasiva no sétimo parágrafo?
Me ajudem, Por Favor, é para amanhã!
Soluções para a tarefa
Respondido por
2
Resposta:
A-)Um absurdo
B-)pois ela começa a colocar coisas mais pesadas
rillary1318:
Obrigada!
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