A vingança é uma forma de exclusão e de rejeição dos indesejáveis e do que eles representam enquanto agentes de uma concepção de sociedade que contraria a dominante e contraria direitos dos por eles vitimados. Nesse sentido, o linchamento não é uma manifestação de desordem, mas de questionamento da desordem. Ao mesmo tempo, é questionamento do poder e das instituições que, justamente em nome da impessoalidade da lei, deveriam assegurar a manutenção dos valores e dos códigos.
MARTINS, José de Souza. Linchamentos. A justiça popular no Brasil. São Paulo: Editora Contexto, 2015. (adaptado)
Segundo a análise sociológica expressa no texto, o linchamento pode ser considerado um
A prolongamento da noção de justiça socialmente aceita pelas instituições normativas
B comportamento reativo diante do enfraquecimento das regras de convivência.
C distúrbio que compromete a força dos valores consensualmente partilhados.
D protesto de natureza política com o fim de substituir os governantes eleitos.
E instrumento de exclusão social das pessoas com menor poder aquisitivo.
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B comportamento reativo diante do enfraquecimento das regras de convivência.
De acordo com as noções apresentadas pelo texto, a partir de um viés sociológico, o linchamento pode ser considerado uma prática resultante da suposta noção de impunidade aos infratores.
Diante disso, trata-se de um comportamento reativo a partir de uma ótica que permite identificar o enfraquecimento das regras de convivência da sociedade.
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