A luta em torno do mito de origem da República mostrou a dificuldade de construir um herói para o novo regime. Não há regime que não promova o culto de seus heróis e não possua seu panteão cívico. A falta de envolvimento real do povo na implantação do regime leva à tentativa de compensação, por meio da mobilização simbólica. Mas, como a criação de símbolos não é arbitrária, não se faz no vazio social, é aí também que se colocam as maiores dificuldades na construção do panteão cívico. Herói que se preze tem de ter, de algum modo, a cara da nação. Tem de responder a alguma necessidade ou aspiração coletiva, refletir algum tipo de personalidade ou de comportamento que corresponda a um modelo coletivamente valorizado. [...]
CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p. 55.
Com base no texto, a busca de "heróis" nacionais para a Primeira República é considerada um processo oriundo da
A importância dada à representatividade dos cidadãos.
B tradição destinada à celebração de símbolos nacionais.
C necessidade de sustentação simbólica de regimes
políticos.
D crítica social em relação ao verdadeiro significado da
república.
E participação ativa do povo na ruptura com antigos
moldes políticos.
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Letra a;
Nota-se, por intermédio do texto acima, que a criação de heróis, no contexto evidenciado está diretamente relacionado com uma ideia de representatividade do indivíduo e do meio.
Isto é, era essencial que o povo olhasse para tais elementos e pudessem observar suas características sociais nestes. Logo, esse herói deveria necessariamente apresentar características do contexto social que visa representar.
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