A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
No soneto, Olavo Bilac, ao transmitir conselhos para alguém que quer produzir poesia, acaba apresentando uma concepção de que tal tipo de texto se mostra como um trabalho preocupado com
a) o culto da forma.
b) o mundo helênico.
c) os temas religiosos.
d) os problemas sociais.
e) o sofrimento humano.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A) o culto da forma
Explicação:
por que é a características do parnasianismo
No soneto do autor Olavo Bilac, é possível observar alguns aspectos do período parnasiano, como a beleza enaltecida pelo eu lírico em versos como o da última estrofe. Portanto, o item assertivo está na letra A.
No soneto "A um poeta", podemos identificar que em alguns versos existe um culto à beleza e a forma dos aspectos ao redor do eu lírico, assim como os seus gostos e modos de enxergar o mundo, características do Parnasianismo.
O Parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França, durante o século XIX. Nele, a linguagem culta e a forma como os versos e rimas eram criados tinham uma certa preocupação, pois, no Parnasianismo, as "poesias perfeitas" tinham que ser marcantes.
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