A tomada de bastilha foi umepisódio da Históriamundial,pois deu início a umagrande revolução.oque era a bastilha?
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O que foi a queda da Bastilha?
A queda da Bastilha foi o assalto popular à Bastilha, antiga prisão símbolo da opressão do Antigo Regime francês. A tomada dessa prisão foi consequência da tensão popular provocada pela crise econômica e política que a França enfrentava no final do século XVIII.
A tomada da Bastilha foi organizada pela população de Paris no dia 14 de julho de 1789 e tinha como objetivo ter acesso ao estoque de pólvora que lá ficava armazenado. Esse fato aconteceu pouco depois do ataque ao Hotel dos Inválidos, local onde a população parisiense havia obtido armamentos.
A queda da Bastilha foi considerada um grande marco na época, pois simbolizou o início da queda do Antigo Regime e contribuiu para difundir o sentimento revolucionário – naquele momento concentrado em Paris – para toda a França, tanto nas cidades menores como nos agrupamentos rurais.
Esse evento foi considerado pelos historiadores como o início da Revolução Francesa, um período da história da França marcado por grande agitação social e política. Além disso, esse episódio foi estabelecido como referência pelos historiadores para determinar o início cronológico do período conhecido como Idade Contemporânea.
França do século XVIII e as causas da insatisfação popular
A tomada da Bastilha simbolizou a manifestação da insatisfação popular contra o Antigo Regime francês. No final do século XVIII, a França possuía um regime baseado no princípio da monarquia absolutista, no qual um rei concentrava todo o poder do Estado. Nesse período, a França era governada pelo rei Luís XVI.
O Antigo Regime francês era caracterizado pela divisão social em classes imaginárias nomeadas como estados. Segundo essa ordem, a sociedade francesa era composta por:
Primeiro Estado: correspondia ao clero francês.
Segundo Estado: correspondia à nobreza francesa.
Terceiro Estado: correspondia ao povo (a burguesia pertencia a este grupo).
Essa divisão social existente na França garantia uma série de privilégios ao Primeiro e Segundo Estado, como doação de terras pelo rei, isenção de determinados impostos e manutenção de uma vida extremamente luxuosa. O povo, por sua vez, sustentava todo o peso do estilo de vida da aristocracia francesa com impostos cada vez mais altos.
A economia francesa enfrentava grave crise desde a década de 1770 em decorrência de seu envolvimento com a guerra de independência dos Estados Unidos. A participação dos franceses nesse conflito levou o país à bancarrota (falência). Com a economia em crise, a aristocracia francesa ampliou sua exploração sobre a população, cobrando mais impostos daqueles que trabalhavam em suas terras.
O Terceiro Estado representava cerca de 95% da população da França no final do século XVIII. Esse grupo, composto principalmente por camponeses, foi o que mais sofreu com a crise econômica desse período. Sobre o Terceiro Estado, o historiador Eric Hobsbawm afirma que: