A tolerância imunológica é definida como a não responsividade a um antígeno, conseguida por meio da exposição prévia ao mesmo. A tolerância aos autoantígenos, também chamada de autotolerância, é uma propriedade fundamental do sistema imunológico normal. Indivíduos normais são tolerantes aos seus próprios antígenos devido ao mecanismo de tolerância imunológica que ocorre nos órgãos linfoides primários e secundários. Autoimunidade é uma reação imune contra autoantígenos que ocasiona importantes enfermidades conhecidas como doenças autoimunes. Para que isso aconteça, um mecanismo normal de tolerância deve falhar. (Fonte: ABBAS, Abul K. et al., Imunologia celular e molecular. 9ª ed. Elevier, 2019).
Baseado neste contexto, EXPLIQUE, detalhadamente e com suas palavras, como ocorre a tolerância imunológica central e a periférica e as células envolvidas.
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A tolerância central (auto-tolerância) ocorre porque, durante a maturação nos órgãos linfoides primários, todos os linfócitos passam por um estágio em que o encontro com o antígeno induz preferencialmente a tolerância em vez da ativação. O confinamento anatômico dos linfócitos T e B no timo e na medula óssea, respectivamente, é o estágio crucial para a maturação destas células com relação à tolerância. Geralmente, apenas antígenos próprios estão presentes nestes sítios em altas concentrações (uma vez que os antígenos exógenos são diretamente encaminhados para órgãos linfoides secundários). Dessa maneira, os linfócitos imaturos são obrigados a encontrar apenas antígenos próprios cujos receptores que reconhecem estes antígenos são automaticamente eliminados. Este processo é chamado de seleção negativa. Alguns linfócitos T que encontram antígenos próprios no timo podem, eventualmente, se diferenciar em células regulatórias, com a função de inibir a resposta imune.
capacidade de um LT Imaturo (do timo) sofrer deleção clonal quando reconhece antígenos neste órgão por meio da chamada seleção negativa. Este mecanismo ocorre no órgão linfoide primário onde as células T são amadurecidas, o timo. Os linfócitos que reconhecem antígenos próprios (presentes em altas concentrações neste órgão) são eliminadas por meio da seleção negativa. No timo, há uma alta concentração de proteínas do próprio e baixas concentrações de proteínas estranhas, concentração ideal para um amadurecimento eficaz de linfócitos T.
Os dois principais fatores que determinam se um antígeno próprio em particular irá induzir a seleção negativa nos timócitos auto-reativos são a concentração do auto-antígeno no timo e a afinidade dos receptores das células T (TCR) dos timócitos que reconhecem esse auto-antígeno. As proteínas próprias são processadas e apresentadas em associação às moléculas do MHC no timo pelas células apresentadoras de antígenos (APCs). Se timócitos duplo-positivos com receptores que tenham alta afinidade encontrarem o auto-antígeno no timo, o resultado é a morte celular por apoptose (deleção clonal). Esses processos afetam tanto células T restritas ao MHC da classe I como da classe II e, sendo assim, têm grande importância para a tolerância nas populações de linfócitos T CD8+ e T CD4+. A seleção negativa dos timócitos é responsável pelo fato de o repertório das células T maduras, que deixam o timo e vão popular os órgãos linfoides periféricos, não responder aos antígenos próprios que estão em altas concentrações no timo.
OBS: A hipótese que determina que a autoimunidade é resultado de uma falha nos processos de seleção negativa no timo têm muita credibilidade. No entanto, poucas evidências suportam esta hipótese em seres humanos. De fato, na possibilidade de a tolerância central falhar, os mecanismos de tolerância periférica garantiriam a manutenção da não-resposta aos auto-antígenos.
TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DAS CÉLULAS T
A tolerância periférica é o mecanismo pelo qual as células T maduras que caem na circulação, ao reconhecerem
A tolerância imunológica é definida como a falta de resposta a um antígeno induzida por exposição prévia, ou seja, os linfócitos expostos a um antígeno ficam inativados ou eliminados, levando à tolerância.
A tolerância imunológica pode ser:
- Central: consiste em uma deleção clonal de linfócitos T e B autorreativas durante sua maturação nos órgãos centrais; timo e medula óssea, respectivamente.
- Tolerância periférica: as células T autorreativas que escapam da seleção negativa no timo podem causar danos aos tecidos devido a diversos mecanismos como: anergia, morte celular induzida por ativação e a supressão mediada por linfócitos T.
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